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“Proposta de recomposição dos militares do DF não teve a participação dos comandantes”, disse o deputado Roosevelt Villela (PL) em rede social

Por Poliglota…

No último dia 15 o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), reuniu numa solenidade no Palácio do Buriti, membros que compõe a segurança pública do Distrito Federal para anunciar a implementação do Plano de Saúde dos policiais civis e, também, a recomposição salarial das categorias em 10%.

No entanto, até o presente momento, as categorias não tomaram conhecimento do inteiro teor da proposta elaborada, das tabelas e como ficarão seus salários. No mesmo dia do anúncio o Ministro da Justiça, Anderson Torres, esteve no Palácio do Buriti para receber a proposta e encaminhar ao presidente Jair Bolsonaro.

As redes sociais de policiais militares têm cobrado diuturnamente a divulgação e ontem (20), num desses diversos grupos de militares o deputado Roosevelt Vilella (PL), que é oriundo do CBMDF, fez uma declaração bombástica: “A proposta foi confeccionado pela secretaria de segurança e a secretaria de economia os comandantes não tiveram participação!”, afirmou (print abaixo).

Até onde apuramos, todo o processo teve a participação tanto dos comandos das corporações, como dos deputados oriundos da segurança pública e o diretor da Polícia Civil, além dos técnicos do governo. Técnicos da Polícia Militar entraram em contato conosco imediatamente para desmentir as afirmações do deputado. “Esse deputado está faltando com a verdade. Estivemos reunidos com as autoridades durante todo o processo e todos eles sabiam disso. Eles têm conhecimento de tudo. Estão jogando para a plateia em ano eleitoral”, disse um deles revoltadíssimo.

Uma outra informação que causou espanto nas casernas foi dada pelo pré-candidato a deputado federal conhecido como “Néviton Sangue Bom”. Segundo ele, um “jabuti” (trata-se de um “contrabando” que os parlamentares fazem ao inserir em uma medida provisória um assunto sem relação com o tema inicial da proposta) estaria sendo inserido na proposta com a possível finalidade de prejudicar os militares do DF em prol dos policiais civis.

Entramos em contato com o deputado pela própria rede social onde o mesmo postou a mensagem questionando-o da gravidade da informação que ele tornava pública naquele momento, no entanto, até o fechamento dessa matéria não recebemos as informações solicitadas.

De acordo com sua assessoria, que tentou responder pelo deputado, o parlamentar pediu “informações” com base na Lei de Acesso à Informação. Verdade ou jogo de cena para tentar tapar a gafe que o parlamentar cometeu?

O governador não deve estar nada satisfeito com essas declarações de um parlamentar da base de sustentação de sua gestão.

EM TEMPO:

O pré-candidato a deputado federal, Néviton Sangue Bom, fez contato com nosso portal explicando a sua versão. Segundo ele, não entenderam o que ele falou. “O que falei em referência ao tema, foi que a forma de cálculo dentro do que saiu da PM e do que foi enviado pode ter havido mudanças e segundo informes os ST teriam sido prejudicados, mas que se aguardasse a publicidade do ato para verificar a realidade da proposta enviada, e que sempre nossos aumentos foram retroativos e pela primeira vez saiu de forma pré-datada, com vigor em junho e pagamento em julho. Não falei nada de jabuti não, mas de tartaruga vi até uns prints. 10% do valor de um subsídio é 10%. 10% do valor da remuneração PM, pode variar de acordo com o que se inseri no cálculo, exemplo o auxílio alimentação estava fora do cálculo. Onde 10% pode não corresponder ao salário total”, finalizou.

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