Professor Paulo Fernando: Nossos políticos não estudam o Regimento Interno das Casas

“Os meus colegas não estudam regimento e eu falo como professor de regimento”, disse o Professor Paulo Fernando sobre atuação no legislativo

O deputado federal pelo Distrito Federal, Professor Paulo Fernando (Republicanos), compartilhou suas experiências e visões sobre a atuação parlamentar durante o ano de 2023. No programa Rota Atividade, o político abordou aspectos críticos de seu período na Câmara, incluindo sua percepção sobre o comprometimento dos colegas e os desafios enfrentados na convivência eleitoral. O Rota Atividade é de segunda a sexta-feira das 06h às 08h da manhã na Atividade FM (107,1).

Paulo Fernando obteve uma breve passagem pelo ambiente político federal. Em uma conversa franca, ele destacou a dedicação e empenho de alguns parlamentares, enquanto chamava a atenção para a ausência de outros, principalmente daqueles provenientes do Distrito Federal e do estado de Goiás. “Eu acho que os nossos parlamentares, principalmente do DF, deveriam se dedicar mais não apenas com a presença, mas também se inteirando da pauta de discussão eu observava muitas vezes que os parlamentares votavam sem saber o que estava sendo votado”, revelou.

A participação remota através do Infoleg (aplicativo para smartphones e tablets com informações das atividades legislativas da Câmara dos Deputados) também foi objeto de análise crítica por parte do ex-deputado. “Existe um descaso, uma falta de responsabilidade das casas legislativas, vou colocar todas aqui, todas, de todos os estados. A Câmara dos Deputados, as municipais, o Senado, enfim, em relação aos parlamentares”. Embora reconhecesse a utilidade do sistema durante a pandemia, expressou sua preocupação com o impacto na qualidade dos debates atuais, defendendo a importância da participação presencial para um entendimento pleno das discussões em curso. “Os meus colegas não estudam regimento e eu falo como professor de regimento, eles têm uma atuação muito tímida, porque não conseguem ir para o enfrentamento, para o debate, porque não conhecem os dispositivos regimentais”.

Ao abordar a falta de tolerância entre os parlamentares, o professor ressaltou a necessidade de ouvir as posições adversas, destacando que, na sua opinião, saber ouvir muitas vezes é mais importante do que falar. “Acho que eles deveriam ter mais noção do que eles podem fazer, utilizando-se mais dos requerimentos de informações”.

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