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Primo de Caiado, acusado de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão, doa R$ 1,8 milhão ao União Brasil

Em 2010 Emival Caiado Filho, primo do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que concorre à eleição ao governo de Goiás, entrou para a lista suja, após fiscais encontrarem mais de 26 trabalhadores em situação análoga à escravidão em sua fazenda no Tocantis.

Pois bem, em plena campanha pré-eleitoral de seu primo, Caiado, Emival teve um surto de bondade e doou ao partido mais rico do Brasil, o União Brasil, do qual Caiado pertence e concorre à reeleição, nada menos que R$ 1,8 milhão de reais, conforme o sistema de prestação de contas partidárias do Tribunal Superior Eleitoral. O montante milionário foi executado por meio de duas transferências eletrônicas efetuadas nas duas últimas semanas: R$ 890.000 reais no último dia 7 de julho e 950.000 reais na segunda-feira, 11 de julho.

Doze anos se passaram desde que 26 trabalhadores foram resgatados de uma rotina de exploração e perigo na fazenda Santa Mônica, no município de Natividade, no Tocantins. Na maior parte desse tempo, o pecuarista e dono da propriedade, Emival Ramos Caiado Filho, não sofreu todas as consequências legais por confiscar carteiras de trabalho, descontar dos salários valores referentes à comida que servia aos seus empregados, obrigá-los a jornadas de até 13 horas diárias sem descanso semanal e oferecer como abrigo barracões sem energia elétrica, banheiro ou camas.

 

Trabalhadores consumiam água sem tratamento, coletada em um córrego na propriedade / Subsecretaria de Inspeção do Trabalho/Ministério do Trabalho

Porém, uma decisão de maio desse ano, do desembargador do Trabalho Brasilino Santos Ramos determinou que o nome do fazendeiro voltasse para a “lista suja” do trabalho escravo, utilizada por bancos e empresas para vetar negócios com empregadores que utilizam mão de obra forçada em suas atividades econômicas.

Doador generoso

As doações, segundo dados levantados, fazem do primo de Caiado o doador mais generoso ao União Brasil, que bateu de longe o empresário Rubens Ometto, do Grupo Cosan, que repassou 500.000 reais ao partido em abril.

Enquanto isso os eleitores observam e não esquecem…

Da redação, por Poliglota…

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