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Pré-candidatos militares correm risco de ficarem sem legendas no DF

**Por Toni Duarte

Eles não se tocaram ainda. Mas os PMs e Bombeiros Militares que estão de olho na disputa eleitoral desse ano, podem ficar de fora, caso não corram logo para se desincompatibilizarem de suas funções e ingressar em um partido político. As legendas estão lotadas com muita gente competitiva na lista de espera.

Nas eleições de outubro, cerca de 50 pré-candidatos a cargos de deputado distrital e de deputado federal, oriundos da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militares, correm o risco de ficar sem legenda, caso optem para se filiarem a um partido no último dia do prazo, estabelecido pela Lei 9.504/97.

De acordo com a lei eleitoral, as Convenções podem ser realizadas a partir de 20 de julho, enquanto os pedidos de registo de candidaturas por militares, que desejam disputar as eleições, poderão ser efetuados até 15 de agosto, momento este em que o militar deixará de exercer suas funções.

Tudo certo, se as regras do jogo para 2022 continuasse como antes em que os partidos políticos contavam com um batalhão de pré-candidatos, a sua escolha, para fechar suas nominatas.

Em 2018, o Tribunal Regional Eleitoral do DF, registrou o total de 1.215, entre titulares, vices e suplentes.

Destes, 11 para governador, 19 para senador, 182 para deputado federal e 954 para o cargo de deputado distrital.

As novas regras deste ano, reduziram drasticamente o número de candidatos para as disputas proporcionais.

Caiu, em média, 60% de candidatos aptos a concorrerem as eleições.

Atualmente, cada partido, no caso para deputado distrital, conta apenas com 25 candidatos entre eles, oito são mulheres.

No caso da disputa para federal, cada legenda terá direito de apenas nove candidatos, sendo três mulheres entre os concorrentes.

Coluna Radar Político conversou no início da semana passada, com um experimentado dirigente partidário, com expertise no ramo e conhecido como o mago das nominatas, afirmou haver partidos com listas fechadas, outros nem tanto.

Porém, segundo ele, com a redução do número de candidatos a serem registrados para as eleições de outubro, muitos ficarão de fora, e explica:

¨Seja porque os partidos já possuem suas listas totalmente fechadas, ou porque os que já estão na lista não aceitam os chamados retardatários. Além disso, tem a situação dos partidos federalizados que foram obrigados a cortar drasticamente as suas listas reduzindo-as para apenas 25 candidatos¨, explicou.

O que diz o nosso expert, se enquadra perfeitamente ao caso do PV, PT e PC do B, cuja federacao partidária se encontra devidamente registrada.

Dos 75 pré-candidatos relacionados nos três partidos serão aproveitados apenas 25.

Voltado aos pré-candidatos da PMDDF e do CBMDF, que não se desincompatibilizaram de suas funções militares até agora, para aproveitar o benefício da lei, podem encontrar as portas fechadas dos partidos.

O que antes era uma dádiva, agora se tornou uma maldição para candidatos milicos. Fica o lembrete.

*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal.

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