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PF ultrapassa limites? Movimento de advogados de direita acusa politização em investigação contra Filipe Martins

A investigação da Polícia Federal envolvendo Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo Bolsonaro, acendeu um novo foco de tensão entre setores do Judiciário e grupos conservadores. Desta vez, foi o movimento Advogados de Direita Brasil que se posicionou com veemência, classificando o inquérito como um ato de perseguição política disfarçado de legalidade.

Segundo o grupo, a PF estaria mirando mais em posicionamentos ideológicos do que em fatos concretos. Para os advogados, Martins se tornou alvo não por ações criminosas comprovadas, mas por representar uma classe que hoje é sistematicamente estigmatizada: a direita conservadora. Eles afirmam que a investigação carece de base jurídica sólida e que há um esforço institucional para criminalizar figuras associadas ao bolsonarismo.

Mais do que criticar o inquérito, o movimento chama atenção para aquilo que considera um desequilíbrio gritante no sistema de justiça brasileiro. Enquanto opositores do governo anterior são investigados e expostos sob intenso rigor, escândalos envolvendo aliados do atual poder caminham lentamente — quando não são ignorados. Para os juristas, essa seletividade mina a credibilidade das instituições e transforma a lei em instrumento de disputa ideológica.

O movimento também denuncia a relativização de garantias fundamentais como o devido processo legal, a presunção de inocência e a imparcialidade das investigações. “Quando a Justiça escolhe seus alvos com base em convicções políticas, ela deixa de ser Justiça e passa a ser apenas poder”, afirma a nota divulgada pelo grupo.

Resta a pergunta que ecoa nas palavras dos advogados: o Brasil ainda vive sob o primado do Estado Democrático de Direito ou estamos diante de uma escalada de autoritarismo judicial, silenciosa e legitimada por decisões de toga? A resposta, seja qual for, definirá muito mais do que o destino de Filipe Martins — dirá até onde nossa democracia está disposta a tolerar o uso da lei como arma política.

Da redação

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