Não é preciso fazer muito esforço para desmoralizar as pesquisas eleitorais brasileiras, elas mesmo se encarregam de fazê-lo
Para realizar uma pesquisa de intenção de votos em um país tão vasto e multicultural como o Brasil é preciso levar alguns fatores em consideração que passo a discorrer e justificar cada um deles:
1) Amplitude do censo: O país tem mais de 5700 municípios e 156 milhões de eleitores segundo o TSE então como um trabalho realizado em 180 municípios e 2000 pessoas pode refletir o todo?
2) Homogeneidade do público alvo: obviamente um trabalho realizado em uma comunidade onde a maioria tem estudos, ocupação de trabalho e acesso aos serviços básicos terá um direcionamento melhor, vide como exemplo o DF.
3) Economia: de acordo com a economia reinante no local tende a ir para um lado ou para o outro, vide o centro oeste e o agronegócio e o Nordeste com baixa industrialização e dependência econômica do governo.
4) Densidade demográfica: obviamente não se pode comparar um local onde a Densidade demográfica é enorme com outro que é baixíssima como exemplo coloco a favela da Rocinha com seus 500 a 800 mil habitantes e Altamira no Pará com baixíssima concentração de população, ou mesmo o município do Rio de Janeiro com o município de Ipojuca em Pernambuco, porém são contados como 2 municípios na pesquisa.
5) Religião: O fator religioso em uma região influência diretamente o resultado da pesquisa, vide evangélicos e os de matriz africana que pensam completamente diferente.
Por derradeiro, mas não menos importante, o Questionário e o Objetivo: obviamente a montagem do questionário pode levar a captação de respostas para subsidiar e direcionar o resultado da pesquisa assim como o cliente que contrata que impõe o que e onde quer chegar.
Relembremos a fala de um proprietário de um determinado instituto de pesquisa: “ALGUNS CLIENTES ENCOMENDAM PESQUISAS E OUTROS ENCOMENDAM RESULTADOS”.
