Levantamento aponta que apenas 20% apoiam a proposta que pode inchar ainda mais o Congresso
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (17) mostra que a maioria da população brasileira é contra o aumento no número de deputados federais.
De acordo com o levantamento, 76% dos brasileiros não são favoráveis ao aumento.
Ainda assim, a pesquisa mostra que 20% dos entrevistados são a favor, enquanto 2% não sabem e 1% se considera indiferente.
O Datafalha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro de dois pontos percentuais.
O projeto
A proposta que eleva o número de deputados federais de 513 para 531 deve ser analisada pelo Senado ainda nesta semana. O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em maio e surge como uma resposta à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu o prazo de 30 de junho para que o Congresso adeque a composição da Câmara às mudanças populacionais do país.
A Constituição prevê que a representação de cada estado na Câmara dos Deputados deve ser proporcional ao tamanho da população. No entanto, essa proporção não é atualizada desde 1994.
Em 2023, o STF decidiu que essa redistribuição deveria ser feita com base nas variações populacionais recentes, o que implicaria em perda de cadeiras para sete estados e ganho para outros sete.
Em vez de redistribuir as atuais 513 cadeiras, como ordenado pela Corte, o projeto aprovado pela Câmara propõe uma alternativa: criar 18 novas vagas, que seriam distribuídas entre os estados que apresentaram crescimento populacional.
Dessa forma, nenhuma bancada estadual perderia representantes, e apenas haveria acréscimos.
O relator da proposta e presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu o modelo como uma forma de evitar perdas políticas aos estados. O texto original é de autoria da deputada federal Dani Cunha (União-RJ).
Confira os estados que ganhariam novas vagas:
- Pará: +4
- Santa Catarina: +4
- Amazonas: +2
- Mato Grosso: +2
- Rio Grande do Norte: +2
- Paraná: +1
- Ceará: +1
- Goiás: +1
- Minas Gerais: +1
Com informações Diário do Poder