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Patrocínio de eventos e contratos jurídicos expõem conexões entre banqueiro Daniel Vorcaro e ministros do STF

As relações entre o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e ministros do Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, voltaram ao centro do debate público após uma série de revelações envolvendo contratos profissionais e patrocínio de eventos jurídicos de alto nível.

Documentos e reportagens apontam que o escritório de advocacia Barci de Moraes, pertencente à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, além de dois filhos do ministro, foi contratado pelo Banco Master para prestação de serviços jurídicos. O banco, no entanto, não tornou públicos os valores pagos nem os processos específicos em que a equipe atuou.

Apesar de Viviane constar como advogada em dezenas de processos no STF, não há confirmação pública de que ela tenha atuado diretamente em ações envolvendo o Banco Master, embora essa possibilidade tenha sido questionada por analistas e parlamentares.

O tema ganhou ainda mais relevância após a Operação Compliance, da Polícia Federal, que resultou na prisão de Vorcaro entre outros investigados, sob suspeita de emissão de títulos de crédito falsos. A proximidade contratual entre o banco e o escritório da família Moraes passou então a ser vista sob nova iluminação.

Patrocínio de eventos com ministros

Outro ponto sensível envolve o patrocínio do Banco Master ao 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, realizado em Londres, evento do qual participaram ministros como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. A lista de presenças nos debates em solo europeu inclui ainda o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues; o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet; os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-presidente Michel Temer (PMDB). O Master foi um dos apoiadores do encontro e financiou, inclusive, a palestra do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, conforme relato do próprio banco.

Críticos apontam possível conflito de interesses, já que o Banco Master tem ações relevantes tramitando no STF, inclusive uma sobre contribuição social (CSLL) relatada por Gilmar Mendes, que participou do fórum.

Além disso, investigações jornalísticas indicam que ministros presentes ao evento não informaram quem arcou com custos de passagem e hospedagem — ponto que motivou questionamentos formais no Senado.

O banco, por sua vez, afirmou que a decisão de manter seu nome pouco visível no material promocional do encontro fazia parte de uma “estratégia de marca”.

Riscos à imagem institucional

Embora não haja comprovação de atos ilícitos cometidos por magistrados ou por familiares, especialistas alertam que as conexões financeiras e institucionais entre um banco investigado e membros do Judiciário — especialmente quando o patrocinador possui interesses diretos na corte — colocam em xeque a percepção pública de independência do STF.

A combinação de patrocínios, encontros privados, contratos profissionais e processos judiciais em andamento mantém acesa a discussão sobre transparência e limites éticos nas relações entre o setor financeiro e magistrados da mais alta corte do país.

Vamos aguardar…

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