Quando se fala do “pior governador do DF” não dá para desassociar a imagem imediata de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) de qualquer outra pessoa. Definitivamente, segundo a população e o eleitorado, ele se superou como o pior de todos.
O ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) confirmou que Ricardo Cappelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) será candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) pelo PSB em 2026. “Ele já demonstrou que é o nome mais forte do nosso campo progressista”, disse Rollemberg, em entrevista ao programa CB.Poder.
Rollemberg conseguiu algo inédito que foi ter a ojeriza de todo o funcionalismo público da capital federal, da população e do eleitorado. Reconquistar isso com a migalha de menos de 2 anos é, ofertada pela justiça eleitoral, é algo praticamente impossível.
Depois de conseguir uma vaguinha na Câmara Federal graças às manobras da justiça, Rollemberg declarou apoio a Ricardo Capelli, pupilo do ministro Flávio Dino do STF. A comemoração da vitória não poderia ser diferente. Regada a muita cerveja e petiscos no badalado restaurante Libanus no Centro da Capital.
Mas daí a declarar apoio até conquista-lo tem uma longa jornada a ser percorrida. Capelli, o forasteiro que foi nomeado por Lula e Dino para intervir na Segurança Pública do DF, afastando o inocentado governador Ibaneis Rocha, já não tinha nenhuma chance. Agora com Rollemberg como cabo eleitoral, seu destino é só o esquecimento. Afinal, em Brasília a máxima de que forasteiros não tem vez ainda é respeitada.
Ibaneis Rocha, governador do DF, absolvido de todas as acusações que o próprio Presidente da República, Lula da Silva, tentou imputá-lo, já declarou em alto e bom tom que “onde Lula estiver eu não coloco as plantas de meus pés”. Evidente que isso se estende aos puxa-sacos do presidente que ousem se aproximar de Ibaneis. Rollemberg terá que se virar nos trinta para conseguir alguma coisa contra o primeiro governador da história do DF a ser reeleito em primeiro turno na capital.
Esquerda tirpada do DF?
Os mais radicais da política candanga ousam afirmar que a esquerda no DF está completamente extirpada. Em 2022 lançaram o destrambelhado Leandro Grass por não conseguirem apresentar um único nome de consenso. Não está diferente agora, ano pré-eleitoral, onde eles batem cabeça o tempo todo. Achar alguém será um desafio quase intransponível.
Ibaneis já montou seu grupo para 2026, tendo ele como candidato a uma das duas vagas para o Senado, Celina Leão ao governo do DF e mais um senador ou senadora para compor a bancada do DF no Congresso. Esse segundo nome pode surpreender, pois de acordo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro deve concorrer à vaga, mesmo com as sombras de Izalci Lucas, Bia Kicis e do desembargador aposentado do TJDFT, Sebastião Coelho. Tá mais para Michelle, sem sombras de dúvidas.
Ao eleitorado brasiliense resta aguardar os acontecimentos daqui até as eleições do ano que vem. Uma coisa é certa, e isso nós conseguimos identificar nas andanças de campo do jornalismo responsável: A cadeira de Ibaneis já está preparada e a de Celina também rumo ao GDF. Aos outros, restará o poder de convencimento de que eles são capazes de ser melhores que os atuais postulantes.
Melhor aguardar…
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília
