Quando Ricardo Cappelli, protegido de Dino e que tentou ferrar Brasília na época dos eventos de 8 de janeiro nomeado interventor da segurança pública, ele jamais imaginava que aqui em Brasília se criaria
Cappelli saltou de paraquedas de um avião vindo do Maranhão imaginando que seus “bons préstimos” a Dino o credenciariam a peitar e concorrer ao governo do Distrito federal de forma tranquila. Ledo engano!
Desde que resolveu lançar sua pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal, com o apoio de Dino, atual ministro do STF e Rodrigo Rollemberg, considerado pelo eleitorado candango como o pior governador que o DF já teve, não imaginou que suas presepadas virtuais fossem ser seu próprio algoz.
Se auto declarando o “moralista digital”, Cappelli extrapolou seus limites e passou a bater no governo Ibaneis Rocha, deixando de perceber que a liberdade de expressão não pode ultrapassar o limite da expressão legal.
E ele foi mexer justamente com uma classe muito séria e respeitada que são os caminhoneiros. Usou suas redes sociais e achou que lá não existia Lei.
Pois bem, como toda conta uma hora chega, o sindicato dos caminhoneiros entrou com uma ação contra suas blasfêmias e agora saiu o resultado: Ele recebeu notificação judicial obrigando-o a remover o conteúdo ofensivo em sua publicação sob pena de multa diária.
A 21ª Vara Cível de Brasília, do Tribunal de Justiça do DF, concedeu uma tutela de urgência obrigando o ex-secretário a apagar um vídeo publicado em seu perfil, sob pena de multa diária de R$ 500,00 e podendo chegar a R$ 10 mil.
A decisão, assinada pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, atende ao pedido da Coopercam – Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas e Passageiros em Geral Ltda, que considerou o conteúdo do post de Cappelli “ofensivo e difamatório” à imagem da categoria.
Segundo o magistrado, o vídeo publicado por ele apresentava “conteúdo potencialmente ofensivo e generalizador”, algo que pode gerar dano irreparável à reputação da cooperativa.
Ou seja, o “campeão da ética e da moral” foi pego justamente por aquilo que mais gosta de acusar os outros: espalhar ataques sem base. Agora, ele tem 48 horas para remover a publicação e talvez um bom tempo para refletir sobre o impacto de suas palavras, afinal, quem vive de likes também pode viver de processos.
A ironia é que, enquanto Cappelli se esforça para parecer um gestor técnico, seu comportamento nas redes mostra mais um influenciador político movido a autopromoção e polêmica. O que era pra ser “conteúdo de cidadania” acabou virando caso de Justiça.
Alô Cappelli, você está em Brasília e aqui os eleitores respiram…
Veja o parecer:
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília