O fio da meada nas mãos de Lewandowski tem de ser puxado até o final

Foto José Cruz/ Agência Brasil.

Indícios de que políticos, milicianos e até a cúpula da polícia se uniram para assassinar Marielle exigem aprofundamento da investigação

O ministro da Justiça e ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski (à direita na foto), tem o péssimo hábito de usar eufemismos. Neste domingo, 24, ele disse que a prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco “pode ser o fio da meada” para a solução de outros crimes no Rio de Janeiro. Essa fórmula branda não é aceitável. Se política, polícia e milícias se irmanaram para cometer e acobertar o crime, como tudo parece indicar, é imperativo que o trabalho da Polícia Federal continue e revele todas as peças dessa engrenagem apodrecida.

É claro que a solução do assassinato é importante por si só. Depois de seis anos, esse ato de justiça era devido aos familiares da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes. Mas, como observou em uma rede social a própria viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício, não pode haver descanso diante da constatação de que até o ex-chefe da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa, estava implicado no crime.

O Antagonista

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