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O Estado ajoelhado: omissão do governo diante das facções empurra o Brasil rumo a um NarcoEstado

Enquanto o governo federal resiste a classificar o PCC e o Comando Vermelho como grupos terroristas, criminosos impõem o medo, desafiam a Justiça e transformam as cidades brasileiras em reféns da violência organizada

O incêndio criminoso de um ônibus em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, é mais do que um ataque isolado — é um grito de poder do crime organizado. Três homens encapuzados incendiaram o veículo e deixaram um recado ameaçador à Justiça: “Vamos queimar BH inteiro.” O recado não é apenas à juíza citada na carta, mas a todo o Estado brasileiro — hoje acuado, hesitante e, em muitos aspectos, refém da própria omissão.

Ônibus incendiado por ordem dos chefes das facções do PCC e CV. Reprodução redes sociais

Facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) já não se escondem. Elas impõem regras dentro e fora das prisões, comandam o tráfico internacional, influenciam territórios e agora testam, abertamente, a autoridade do poder público. Mesmo assim, o governo federal insiste em rejeitar a proposta que equipara essas organizações ao terrorismo, preferindo o debate político ao enfrentamento real da criminalidade.

Ao negar essa classificação, o governo transmite um recado perigoso: o de que o Estado teme agir com a firmeza necessária. Essa hesitação tem consequências diretas — mais medo, mais poder para o crime e menos segurança para o cidadão.

O episódio em Minas é um símbolo de algo muito maior: um país que, por falta de coragem política, começa a flertar com o colapso institucional. O Brasil caminha, silenciosamente, para se tornar um NarcoEstado, onde a autoridade pública se dobra diante de facções armadas e a lei do fuzil substitui a Constituição.

Não é mais hora de discursos brandos. É hora de ação. Se o Estado não retomar o controle e reconhecer essas organizações como terroristas, em breve o Brasil deixará de ser governado por leis — e passará a ser governado pelo medo.

A sociedade, as instituições e os governantes precisam escolher de que lado estão: o da ordem e da coragem, ou o da complacência e da rendição. O tempo para essa escolha está se esgotando.

**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília

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