Por 13 votos a favor da perda do mandato e 5 votos contrários, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (9), o parecer que recomenda a cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ)
A acusação contra o deputado foi proposta pelo Partido Novo que o denunciou ao Conselho de Ética por quebra do decoro parlamentar ao se envolver em um episódio em abril de 2024 quando expulsou, com gritos, empurrões e chutes, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências da Câmara.
Parlamentares do PSol e do PT tentaram tumultuar os andamentos dos trabalhos, liderados por Guiulherme Boulos (PSol-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Erika Hilton (PSol-SP), no entanto, foram votos vencidos e tiveram que engolir o relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) que acolheu a tese do Partido Novo e manteve seu parecer, como Relator, pela cassação do mandato de Glauber Braga.
Mas para que Glauber seja cassado, o plenário da Câmara terá que atribuir 257 votos dos 513 deputados, assim que o processo for colocado em pauta e apresentado para votação. Antes, porém, ele ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisará eventuais aspectos formais do processo.
Greve de fome
Inconformado com a decisão, Glauber surpreendeu a todos quando anunciou que iniciaria ali uma greve de fome e que permaneceria nas dependências do Congresso até a finalização do processo.
A deputada Psolista Luiza Erundina tomou as dores de Glauber e propôs aos demais apoiadores que se unissem a ele no protesto, solidariamente, permanecendo lado a lado. No entanto, ninguém se propôs a acompanhar Erundina e muito menos Glauber Braga.
Nikolas Ferreira acusa hipocrisia da esquerda
Quem também chamou atenção foi o deputado oposicionista Nikolas Ferreira (PL-MG), que ao seu estilo “esfregou” na cara da esquerda a hipocrisia como tratam o caso.
Nikolas lembrou que por “manifestação de opinião” a esquerda ajudou a cassar e prender um deputado federal (Daniel Silveira) em pleno exercício de seu mandato e ainda comemoraram. “Agora querem absolver um deputado esquerdista por agressão amplamente divulgada em todas as redes de comunicação do país? Se fosse eu, de direita, a esquerda estaria aqui exigindo que o xupetinha fosse cassado”, disse. Assista:
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**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília
(Foto: Ag. Câmara)