Caso confirmado, o deputado terá o poder de propor quebras de sigilo e de elaborar o relatório final da CPI, apontando irregularidades e pedindo indiciamentos, prometendo um embate direto com os interesses do governo.
Uma articulação política de peso está se formando na Câmara dos Deputados: lideranças do Centrão estão unindo forças com o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, para garantir que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) assuma a relatoria da CPI do INSS. A movimentação visa colocar um nome de forte oposição, como Nikolas, em uma posição estratégica, sinalizando uma resposta musculosa do Legislativo ao governo Lula.
A possível escolha de Nikolas, um dos principais críticos do governo, é vista como uma retaliação direta às falas do Executivo que, segundo parlamentares, estariam “jogando o Congresso contra a opinião pública”. A irritação cresceu após o governo Lula acusar o Parlamento de chantagear para obter a liberação de emendas e de favorecer os mais ricos ao derrubar o aumento do IOF. A união Centrão-PL busca, assim, dar um troco à altura.
Apesar de o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não ter batido o martelo, a pressão para indicar Nikolas é intensa. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), já declarou que trabalha ativamente para que o deputado mineiro seja o relator.
Nikolas Ferreira, caso confirmado, terá o poder de propor quebras de sigilo e de elaborar o relatório final da CPI, apontando irregularidades e pedindo indiciamentos, prometendo um embate direto com os interesses do governo.
Com informações Portal Novo Norte
