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Moraes: “Falar em morte de filha de ministros não é liberdade de expressão”

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira, o julgamento que decidirá o destino do inquérito das fake news

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta quarta-feira (17/06) que “liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, instituições e honra alheia”.

Ao votar a favor da continuidade do inquérito das fake news na Corte, Moraes disse que falar em estuprar e matar filhas de ministros do STF, em nenhum lugar do mundo, é liberdade de expressão.

“Isso é bandidagem, criminalidade. Postado por uma advogada do Rio Grande do Sul, incitando o estupro”, afirmou o ministro do STF. Acompanhe aqui a íntegra do julgamento, que será retomado às 14h.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (17/06), o julgamento que decidirá o destino do inquérito das fake news.

Em 2019, o partido Rede afirmou que as investigações do inquérito das Fake News foram abertas de forma ilegal. Contudo, neste ano, após Moraes autorizar operação da Polícia Federal contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a legenda mudou de opinião.

Moraes foi o primeiro a votar na sessão desta quarta-feira (17/06). O ministro seguiu o relator, Edson Fachin, e votou pela validade do inquérito. O mesmo fez o ministro Luís Roberto Barroso. O placar está 3 x 0.

Operação da PF

A operação da PF atingiu políticos, empresários e bolsonaristas, gerando um desconforto do chefe do Executivo com o Supremo. Segundo Moraes, o grupo investigado usou as redes sociais para atacar ministros e atingir a imagem do STF.

Entre os alvos da investigação, estão o jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre, e a bolsonarista Sara Winter, líder do acampamento 300 — grupo que tem gerado polêmica ao fazer manifestações antidemocráticas.

Depois da operação da semana passada, o procurador-geral da República pediu a suspensão do inquérito das fake news até que o plenário do STF se manifeste sobre qual seria o papel da PGR nas investigações. O pedido foi feito na ação da Rede — e, portanto, deve ser discutido também em plenário.

Fonte: Metropoles.com

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