Entre os principais indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno
O ministro do STF Alexandre de Moraes deve entregar à Procuradoria-Geral da República (PGR) até esta terça-feira, 26, os indiciamentos de 37 pessoas feitos pela Polícia Federal no âmbito das investigações relacionadas à tentativa de se instaurar um golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.
Entre os principais indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto; o ex-ministro do GSI Augusto Heleno e o tenente-coronel Mauro Cid.
A investigação foi concluída na semana passada e a PF pediu que todos sejam processados pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.
Como mostramos na sexta-feira passada, a expectativa é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente sua denúncia sobre a suposta participação de Bolsonaro no plano golpista em fevereiro. Com isso, abre-se a possibilidade de o STF se pronunciar sobre o recebimento ou não da denúncia ainda no primeiro trimestre. Após essa fase, abre-se a etapa para a instrução processual e coleta de novos depoimentos.
Correndo contra o tempo para evitar ‘coincidências eleitorais’
No STF, há o sentimento de que o caso não pode se arrastar para 2026, sob pena de os ministros do STF serem acusados de usar a investigação sobre o suposto golpe de Estado para, de forma deliberada, tirar Bolsonaro das próximas eleições gerais.
“Diante de todas as narrativas construídas ao longo dos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, do Presidente Valdemar Costa Neto, e de outras 35 pessoas, comunicado na presente data pela Polícia Federal, não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam”, disse o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), por meio de nota oficial.
O Antagonista