Os moradores do Jardim Ingá, distrito de Luziânia-GO, estão revoltados com a empresa prestadora de serviço de energia elétrica Equatorial Goiás
O Portal Opinião Brasília recebeu inúmeras queixas de consumidores pelos maus serviços prestados pela empresa e resolver checar “in loco” com os próprios moradores, principalmente no Bairro Jardim Planalto.
De acordo com os moradores, as quedas de energia e a falta de investimentos em iluminação pública são dois dos principais fatores que têm desagradado os moradores, principalmente pela alta tarifa que pagam sobre o consumo.
Além disso, segundo os moradores, se a energia for cortada em final de semana somente no primeiro dia útil ela será religada. Entramos em contato com o SAC da empresa e o atendente confirmou a informação de que a empresa só atende em horário comercial e não dispõe de equipe de plantão para esse tipo de serviço (Religação de energia residencial).
“Não tem condições de transitarmos à noite pelo bairro, mesmo por necessidade, pois existem vários postes sem iluminação que causam medo e propicia ao bandido facilidades para cometer crimes como assaltos, roubos e estupros”, disse dona Maria Gorete, moradora do bairro.
“Aqui no Jardim Planalto já não temos a infraestrutura adequada necessária a uma comunidade, tais como asfalto e esgoto. As quedas de energia só agravam nossa situação, pois muitos de nós acabamos perdendo nossos aparelhos eletrodomésticos que queimam. E mesmo existindo determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o conserto ou ressarcimento do bem, a burocracia é muito grande junto a Equatorial”, disse um comerciante e morador do bairro.
Sai a péssima ENEL e entra a ineficiente EQUATORIAL
Mas segundo apuramos, as reclamações são recorrentes e vem desde que os serviços eram prestados pela ENEL Goiás. Em setembro de 2022 a Equatorial adquiriu ações da Enel por R$ 282,9 milhões de reais, assumindo a gestão da distribuição de energia elétrica no Estado de Goiás. O valor inicial era de R$ 1,5 bilhões de reais.
No entanto, a expectativa dos consumidores de que os serviços prestados iriam melhorar acabou se frustrando. As reclamações são constantes e diárias e a falta de investimentos é um fator agravante.
No ano passado, a advogada especialista em Direito de Energia e vice-presidente da Comissão de Energia da OAB/GO, Thawane Larissa, afirmou em uma entrevista ao Jornal Opção que faltava investimentos e manutenção adequada nas redes, o que ocasionava as frequentes quedas de energia generalizada em quase todo o estado, principalmente no entorno do DF. De lá para cá, pouca coisa ou quase nada mudou.
De acordo com Thawane, “O problema não é de hoje, vem desde a época da Celg, mas de lá para cá, não foi feito muita coisa para resolver essa situação. E quem fica na mão é o consumidor”, disse a especialista.
Péssima avaliação pela ANEEL
Em 2024, a Equatorial Goiás ficou em último lugar no ranking de qualidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), referente a 2023, na qualidade dos serviços prestados entre as distribuidoras de energia elétrica do país. Para se ter uma ideia, existe 29 concessionárias de grande porte no país, com número de unidades consumidoras maior que 400 mil, e a Equatorial de Goiás foi a 29ª no ano passado. Uma péssima posição.
As reclamações são muitas, principalmente no Bairro Jardim Planalto/Jardim Ingá. O espaço está aberto para que a empresa Equatorial se manifeste, caso deseje.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília