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Ministro da Defesa é cobrado após buffet de R$ 684 mil para comandante

A oposição apresentou requerimentos pedindo explicações do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a despesa de R$ 684 mil com buffet para o gabinete do comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Os pedidos, assinados pelo deputado Marcos Pollon, foram apresentados à Mesa Diretora da Câmara, solicitando informações sobre a compra, e à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa, pedindo a convocação de Múcio para uma audiência.

A licitação para contratação do buffet, divulgada pela coluna, inclui medalhão de filé com bacon ao molho madeira, tornedor ao molho de funghi e shitake, pernil de cordeiro assado ao molho de ervas finas e filé de salmão ao forno no molho de maracujá.

Nos requerimentos, Marcos Pollon questiona a “disparidade” entre as refeições servidas aos oficiais das Forças Armadas e aos militares de patentes mais baixas. Também como expôs a coluna, um vídeo feito por militares da Força Aérea Brasileira (FAB) mostra larvas de inseto na comida servida à tropa.

“A disparidade entre os cardápios e a qualidade das refeições é um ponto a ser esclarecido, pois o grosso da tropa não recebe qualquer tratamento semelhante. A justificativa de que o comandante recebe militares de outros países e realiza reuniões de alto comando não justifica a diferença de tratamento, especialmente considerando os vultosos recursos públicos envolvidos”, diz o deputado, no requerimento.

“A alocação de recursos públicos para um serviço como esse pode ser questionada em um contexto de cortes em outras áreas, até mesmo do próprio Exército, como saúde e qualificação dos comandos. A priorização de um buffet de alto padrão, enquanto outros militares enfrentam condições precárias, é um sinal de que as prioridades estão distorcidas”, argumenta Pollon.

No pedido de informações apresentado à Mesa Diretora, o deputado questiona o objetivo da despesa, se houve transparência na licitação e quais serão os critérios de avaliação das propostas. Pollon também quer saber se “eventos com esse nível de requinte” são essenciais ao cumprimento das funções do comandante do Exército.

A licitação

Na licitação, que prevê a contratação de três tipos de coffee break com número de convidados entre 50 e mais de 200 pessoas, três tipos de coquetel volante, dois tipos de almoço e jantar e dois kits diferentes de café da manhã ou coffee break do tipo reservado.

O argumento é que a recepção de militares de outros países e as reuniões do Alto Comando da corporação estão entre as missões institucionais do gabinete do general Tomás Ribeiro Paiva.

Com informações Agora Notícia

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