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Manifestações na porta dos quartéis em Brasília e São Paulo entram no 12° dia

Atos continuam pedindo intervenção militar para impedir novo governo eleito; no DF, Moraes determinou que as polícias desobstruam vias públicas para permitir o trânsito de veículos

As manifestações de bolsonaristas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na porta de quartéis em Brasília e em São Paulo chegam ao 12º dia nesta sexta-feira, 11. Na capital federal, os manifestantes seguem acampados em frente ao Comando do Exército no Setor Militar Urbano. Em imagens desta quinta-feira,  10, um grupo do Exército deixa o quartel em vários veículos. Os manifestantes abrem espaço para passagem e fazem vídeos e tiram fotos dos militares. No mesmo dia, durante a tarde, uma forte chuva com vento alagou o acampamento e levantou barracas. Foi preciso segurar as lonas. Outras imagens mostram centenas de caminhões que chegaram ontem ao Distrito Federal para reforçar a manifestação. Eles estão parados, estacionados em uma área verde. Em São Paulo, o grupo também continua em vigília em frente ao Comando Militar do Sudeste na zona sul da capital. Os manifestantes seguram cartazes que dizem “SOS Forças Armadas” e entoam “gritos de guerra” em que pedem para que o Exército salve o Brasil. A Avenida Sargento Mário Kozel Filho é a única bloqueada na região do Ibirapuera por causa da aglomeração.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou às polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar do Distrito Federal que adotem as medidas necessárias para desobstruir vias públicas que tiverem trânsito interrompido por causa do deslocamento dos mais de 100 caminhões. A decisão é uma extensão da determinação anterior do ministro, referendada pelo plenário, de que as polícias desobstruíssem as rodovias bloqueadas. Moraes determinou ainda a identificação dos caminhões usados para bloqueios nas vias, para aplicação de multa de R$ 100 mil por hora aos proprietários.

Também nesta quinta, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. A investigação correrá sob sigilo na PF em Brasília, mas terão dois focos: um, as blitz que foram realizadas no dia da votação do segundo turno, concentradas especialmente no nordeste; Outro, a possibilidade de Vasques ter cometido o crime de prevaricação por demora em adotar medidas para desobstruir as rodovias bloqueadas pelo país desde a divulgação do resultado das eleições. A PRF também trabalha para identificar possíveis lideranças dos atos e dos bloqueios em estradas. Até o momento, identificou 40 pessoas físicas e 10 empresas como organizadores das manifestações pelo país. Todos foram multados. A lista foi entregue ao Supremo Tribunal Federal.

JPan

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