Mais uma mulher é vítima de feminicído no RJ. Agora no Complexo do Alemão. Haverá notas?

Feminicídio ocorreu na localidade das Casinhas, no Complexo do Alemão Foto: Reprodução

A exatos cinco dias atrás o país, as redes de TVs e a imprensa em geral, os movimentos feministas e de direitos humanos e o judiciário se comoveram, tendo esse último se pronunciado através de nota, após o assassinato da juíza Viviane do Amaral pelo ex-marido, na Barra da Tijuca no Rio.

Curiosamente, esses mesmos setores que afirmam que punição não é solução e que “prender não resolve”, estão desde a véspera do Natal exigindo leis com punição mais dura para crimes contra as mulheres e uma pena de prisão exemplar para o assassino da juíza Viviane. São os mesmos setores que se esforçam para barrar qualquer mudança na Lei de Execução Penal que permita que um latrocida condenado a 40 anos de prisão cumpra integralmente sua pena – ou pelo menos mais de dois terços dela. Eles fingem não entender que criminosos não têm medo de notas de repúdio (como bem lembrou meu amigo Roberto Motta) – o que os criminosos temem é ter que passar o resto da vida na cadeia.

Pois bem, na tarde de ontem (29), Roberta Pedro de Oliveira, de 26 anos, foi assassinada na porta de sua casa, na localidade das Casinhas, no Complexo do Alemão, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

O principal suspeito do crime é o marido de Roberta, Paulo Soares, que segundo informações preliminares do delegado Pedro Casaes, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), teria como motivação do crime o fato de Paulo não aceitar o fim do relacionamento com Roberta. O casal teria tido uma discussão na noite de segunda. Depois disso, Roberta saiu de casa.

Nesta terça-feira, a vítima voltou à casa, acompanhada da irmã, para buscar seus pertences. Foi quando Paulo a teria atacado a facadas. A irmã de Roberta também foi ferida na perna, mas não corre risco de vida. Ela ainda será ouvida pela polícia.

A pergunta que se faz é: Porquê até agora a grande mídia não divulgou uma só informação acerca do fato e os mesmos setores que afirmam que “punição não é solução” não se manifestaram?

Talvez porque a dona de casa não tenha um Tribunal específico para que alguma notinha seja emitida… será?

Com informações jornal EXTRA-RJ / Blog do Poliglota

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