- PUBLICIDADE -

Líder do Irã se isola em bunker e define sucessão em meio à guerra

Em um movimento sem precedentes, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, isolou-se em um bunker fortificado e suspendeu comunicações eletrônicas para evitar ser localizado, enquanto o conflito com Israel se intensifica. Segundo informações do The New York Times, Khamenei, de 86 anos, nomeou três clérigos como possíveis sucessores, uma decisão rara que visa garantir a continuidade do regime em caso de sua morte. A medida reflete o temor de um colapso na liderança iraniana, após ataques israelenses que dizimaram altos comandantes da Guarda Revolucionária e cientistas nucleares, fragilizando o círculo próximo do aiatolá.

A guerra, iniciada com bombardeios israelenses em 12 de junho contra instalações nucleares iranianas, incluindo a usina de Natanz, marcou a maior ofensiva contra o Irã desde o conflito com o Iraque nos anos 1980. Khamenei, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1981, ordenou que a Assembleia de Peritos, responsável pela escolha do líder supremo, esteja pronta para uma transição rápida. A exclusão de seu filho, Mojtaba Khamenei, da lista de sucessores surpreendeu analistas, indicando uma possível tentativa de evitar a concentração de poder em sua família. Enquanto Teerã responde com mísseis contra Israel, a população iraniana vive entre o medo de escalada e a repressão do regime, com relatos de cidadãos rejeitando tanto a guerra quanto a liderança teocrática.

A solidão estratégica do Irã, agravada pela perda de aliados como o Hezbollah e o regime sírio, expõe a vulnerabilidade de Khamenei.

Especialistas apontam que a sucessão pode alterar as bases da República Islâmica, com a Guarda Revolucionária emergindo como força dominante, potencialmente intensificando a repressão interna e a beligerância externa. Enquanto Donald Trump pressiona por uma rendição incondicional e Israel ameaça eliminar o líder iraniano, o aiatolá busca proteger seu legado em um cenário de incertezas. A guerra, que já deixou centenas de mortos, coloca o Oriente Médio à beira de um conflito ainda mais devastador, com consequências globais imprevisíveis.

Fonte: Revista Oeste

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- PUBLICIDADE -