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Lançado por Caiado, Plano Safra 2020/2021 vai injetar R$ 18 bilhões em Goiás

Durante lançamento, governador destacou a importância do agronegócio para a retomada econômica do País e afirmou que vai buscar mais créditos para os produtores goianos junto ao governo federal

“Não existe quem represente mais o crescimento e o potencial do País do que o produtor rural”, afirmou o governador Ronaldo Caiado durante o lançamento do Plano Safra 2020/2021 para o Estado, realizado nesta quarta-feira, 24, no Palácio das Esmeraldas. A iniciativa deve destinar aos produtores goianos mais de R$ 18 bilhões para o financiamento de investimentos no setor agropecuário. O valor foi estimado a partir do Plano Safra 2020/2021 nacional, lançado pelo Governo Federal no dia 17 de junho, que anunciou R$ 236,2 bilhões em crédito para fomentar a produção agropecuária brasileira.

“Nós estamos vendo um segmento altamente qualificado, tecnificado, com pesquisas avançadas e cada vez mais evoluindo. Isso é motivo de orgulho para todos nós”, destacou Caiado. Os recursos do Plano Safra para Goiás estarão disponíveis aos produtores a partir do dia 1º de julho, junto às instituições financeiras.

O presidente da Assembleia, deputado Lissauer Vieira, o deputado federal, José Mário Schreiner, que é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), e o superintendente estadual do Banco do Brasil em Goiás, Felipe Zanella, participaram do Lançamento do Plano Safra para o Estado e destacaram a força do setor agropecuário para a economia goiana. O evento contou também com a presença de entidades representativas do setor, representantes de instituições financeiras e imprensa – seguindo protocolos de segurança e sem aglomerações.

Em Goiás, o setor agropecuário se mantém como um dos principais pilares da economia, mesmo com a crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus. O Estado é hoje o terceiro maior produtor de grãos do Brasil, com estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário em 18% no primeiro trimestre, enquanto a expectativa nacional de crescimento é de 1,9%. “Nossa situação é crescente, não é uma situação estagnada. Sabemos dos desafios que nós temos, mas nós temos tudo para chegarmos ao primeiro lugar”, avaliou o governador.

Para Caiado, a crescente demanda por alimentos no mercado internacional pós-crise revela um cenário positivo para o agronegócio, que será fundamental para a recuperação econômica do País. “Eu sempre disse, desde o início da pandemia, que seremos o primeiro País a sair da crise, e o Estado de Goiás também”, enfatizou o governador. Segundo ele, a capacidade nacional de produção em escala dá ao Brasil condições diferenciadas para a recuperação econômica e para oferecer segurança alimentar não só aos brasileiros, mas a outros países.

A estimativa é que, no Brasil, a produção de grãos chegue a 250,5 milhões de toneladas na safra 2019/2020, com aumento de 3,5% em relação à safra 2018/2019. No Estado de Goiás, a expectativa de produção é de 26,7 milhões de toneladas, em uma área superior a seis milhões de hectares, o que representa aumento de 8,7% em relação à safra anterior. “Isso para nós é uma garantia de que teremos comida na mesa do goiano, do brasileiro, e que o Brasil terá condições diferenciadas no exterior”, avaliou o governador.

Segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Economia, o agronegócio goiano exportou 2,45 bilhões de dólares e representa 79% das exportações do Estado. O valor representa, ainda 5,8% da participação do agro goiano em relação ao que é exportado pelo Brasil.

Mais recursos

Caiado comemorou o avanço na oferta de subsídios aos produtores rurais. Entretanto, assegurou que vai continuar lutando pela ampliação dos recursos e por uma taxa de juros mais baixa. “Nós vamos brigar para termos mais crédito. Vamos continuar brigando com o Paulo Guedes [ministro] para baixarmos essa taxa de juros. Não é possível nós estarmos com uma Taxa Selic de 2,25% e estarmos pagando uma taxa de juros de 6%. Nós temos que entender que é hora de nós lutarmos, esse é um ponto importantíssimo para a economia do Estado de Goiás. A taxa hoje é injusta com o produtor, nós precisamos trabalhar mais nisso”, ponderou.

De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, o Plano Safra é uma importante política pública de sustentabilidade do plano econômico do País. Além de recursos para custeio e comercialização, e para pequenos produtores, o Plano também contará com recursos de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, linhas de crédito voltadas à sustentabilidade no setor rural e financiamento de recursos voltados à inovação tecnológica no campo. O secretário lembrou ainda que Goiás tem a maior captação de crédito por produtor. “Na safra passada, foram cerca de 15 mil projetos para tomada de crédito pelo Pronaf. Temos a certeza de que esses recursos vão contribuir ainda mais para o crescimento do nosso Estado”, concluiu.

Para o vice-governador Lincoln Tejota, com tecnologia e inteligência Goiás tem condições para ampliar ainda mais os resultados, já que países como China e Índia dependem da importação de commodities. “Com os números que Goiás tem hoje, eu tenho convicção de que com a liderança do governador Ronaldo Caiado e com trabalho em equipe nós construiremos um Estado mais forte. Há motivos de sobra para comemorar”.

Ranking da produção

De acordo com as estatísticas divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás é hoje o primeiro lugar na produção de tomate (1,13 milhões de toneladas) e de sorgo (1,34 milhões de toneladas); segundo lugar na produção de cana-de-açúcar (75,78 milhões de toneladas) e girassol (31,4 mil toneladas) e na criação de bovinos (22,65 milhões de cabeças). Além de ser o terceiro lugar na produção de grãos, também ocupa a mesma colocação na produção de soja (12,46 milhões de toneladas), milho (12,27 milhões de toneladas) e caroço de algodão (100,2 mil toneladas). Aparece, ainda, como destaque sua produção de feijão (320,7 mil toneladas) e de leite (3,08 bilhões de litros), o que faz do Estado o quarto lugar nessas produções no ranking nacional.

Se observado o retorno financeiro dessa produção para a economia, o Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), em Goiás, é o quinto maior entre os estados, chegando a R$ 56,9 bilhões – que corresponde a 8,1% do VBP nacional que está estimado em R$ 703,8 bilhões – segundo a última atualização da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor representa crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior e a variação de crescimento também é superior à média nacional, que foi de 8,5%. Separado por categoria, em Goiás, o VBP da Agricultura está estimado em R$ 38,2 bilhões (crescimento de 13,3% em relação a 2019), enquanto o da Pecuária está estimado em R$ 18,7 bilhões (aumento de 3,4% em relação ao ano anterior).

O crescimento da produção também gera emprego e renda nos municípios goianos. O Produto Interno Bruto goiano (PIB) tem estimativa de crescimento de 3,4% no primeiro trimestre do ano, em comparação ao mesmo período de 2019 e o grande destaque se dá em relação ao setor da agropecuária, cuja estimativa aponta para crescimento de 18,0% no Estado no mesmo período, enquanto no País o setor teve crescimento de 1,9%.

Secretaria de Estado da Comunicação – Governo de Goiás

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