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Israel suspende exportações à Colômbia após presidente insinuar sobre ‘nazismo’

Gustavo Petro disse que bloqueio de água e eletricidade aos moradores de Gaza seria uma prática nazista; guerra já matou mais de 4 mil pessoas. Fala de Gustavo Petro sobre ‘neonazismo’ de Israel repercutiu mal

O governo de Israel anunciou, neste domingo (15), a suspensão de todas as suas exportações de armas e outros materiais de defesa para a Colômbia. A medida foi tomada em retaliação às falas do presidente colombiano Gustavo Petro, que insinuou que o governo israelense estaria agindo de forma nazista ao impor bloqueios aos moradores da Faixa de Gaza.

“Era isso que os nazistas diziam aos judeus. Os povos democráticos não podem permitir que o nazismo se restabeleça na política internacional (…) Se este discurso de ódio continuar, apenas trará um holocausto”, disse Petro em uma publicação no X (antigo Twitter), no dia 9 de setembro.

Neste domingo (15), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, anunciou no X (antigo Twitter) que o país repudias as falas de Petro, “que parecem apoiar as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas e inflamam o antissemitismo”. No mesmo comunicado, Lior Haiat anunciou a interrupção das exportações como “primeira medida”.

Presidente da Colômbia reage

Poucos minutos depois, Gustavo Petro usou a mesma rede social para dizer que não apoia genocídios e “se tivermos de suspender as relações externas com Israel, nós as suspendemos”. Petro ainda pediu para a América Latina apoiar o país na decisão e disse que “algum dia, o Exército e o Governo de Israel irão nos pedir perdão pelo que os seus homens fizeram […]. Eu os abraçarei e eles chorarão pelo assassinato de Auschwitz e de Gaza, e pelo Auschwitz colombiano”.

Guerra entre Israel e Hamas

O grupo palestino Hamas assumiu a autoria dos ataques que deixam centenas de mortos em Israel e na Faixa de Gaza no dia 7 de outubro. Infiltrados da organização islâmica, que é considerada terrorista, promoveram um ataque surpresa com foguetes no Sul do país. Em reação, o governo israelense declarou guerra e atacou o lado palestino.

Mais de 4 mil pessoas morreram na guerra que começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro. O Ministério da Saúde palestino confirmou a morte de 2.670 na Faixa de Gaza desde o início da guerra. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que mais de 1.400 morreram em território israelenses.

Itatiaia

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