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Irmão de Domingos e Chiquinho Brazão diz que os dois são ‘inocentes’ e aponta ‘verdadeiro mandante’

O deputado estadual do Rio Pedro Brazão (União) foi ao plenário da Assembleia fluminense defender, na tarde desta terça-feira, 10, a inocência de seus irmãos, Domingos e Chiquinho Brazão, acusados ​​como mandantes na morte da vereadora carioca Marielle Franco, em 2018. Presos desde março do ano passado, os dois vivem a expectativa de que o caso seja julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o parlamentar, “nenhuma prova foi apresentada” contra eles além da “fala de um assassino confesso”.

A afirmação do parlamentar faz referência à delação de Ronnie Lessa, condenado a 78 anos de prisão pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro por executar a vereadora. Seu depoimento serviu de base para o inquérito da Polícia Federal, que levou à denúncia da Procuradoria-Geral da República. Ao apresentar uma denúncia, a corporação atuou para verificar a veracidade dos fatos narrados por Lessa.

Para o deputado estadual do Rio, porém, o assassino de Marielle teria propositalmente direcionado sua versão contra os irmãos Brazão para proteger “o verdadeiro mandante” —que, para ele, é o ex-vereador Cristiano Girão. Lessa e Girão foram condenados juntos por outro homicídio em maio deste ano pela Justiça do Rio. Girão também chegou a ser envolvido no início das investigações, quando as apurações foram feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público fluminense, mas essa linha não avançou.

“Ronnie Lessa é um criminoso que, para proteger o verdadeiro mandante, também assassinou a denúncia de autoridades. Nunca, imagine jamais ver tanta injustiça, principalmente em um país democrático de Direito”, disse o deputado Pedro Brazão, que completou: “As provas no processo demonstram que eles (Domingos e Chiquinho) estão sendo injustamente acusados ​​e são inocentes. A denúncia pela justiça de Ronnie Lessa aos 90 anos, e Cristiano Girão aos 45 anos, pelo duplo homicídio em 2014 na localidade de Gardênia Azul, evidencia que atuaram juntos executor e mandante, respectivamente”, afirmou, em referência à recente reportagem.

Domingos e Chiquinho Brazão seguem presos preventivamente, enquanto aguardam o julgamento na Suprema Corte, assim como o ex-delegado Rivaldo Barbosa, apontam como o mentor do crime e acusado por dificultar sua elucidação. Para o parlamentar estadual Pedro Brazão, trata-se de uma “injustiça”. “Inocentes estão presos e famílias estão sendo destruídos e jogadas ao sofrimento de forma cruel e covarde pelo simples fato de um sicário profissional acusar sem apresentar uma única prova”, conclui.

O julgamento

Já em fase final de tramitação, o processo contra os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa aguarda agora que o relator no STF, o ministro Alexandre de Moraes, entregou seu voto e marque os dados do julgamento.

Conforme a linha apresentada pela Polícia Federal, o assassinato de Marielle — que levou também ao óbito de seu motorista naquela noite, Anderson Gomes — está relacionado ao posicionamento contrário do parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro.

Desde o início das investigações, os acusados ​​negaram envolvimento com o crime.

Fonte: Veja

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