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Ideologia de Lula e censura de Moraes estão custando muito caro ao Brasil

*Por Alexandre Garcia

Vamos ver se o governo brasileiro, certamente através do Itamaraty, vai abandonar as declarações políticas furiosas e cheias de bravatas desta quarta-feira. Janja falou em “vira-latas”, o novo presidente do PT disse que Donald Trump é “o maior fascista do século 21”, tudo porque Trump impôs tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Sucos, café e carnes estão entre os principais produtos afetados. Mas o importante é o lado político disso, além do econômico.

Trump afirma que “esse julgamento [no STF, contra Jair Bolsonaro] não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve acabar imediatamente”. Também criticou os “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e ao direito fundamental da liberdade de expressão dos americanos, como demonstrado recentemente pela suprema corte do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos Estados Unidos, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”. E diz que, por tudo isso, a partir de 1.º de agosto cobrará do Brasil uma tarifa de 50%.

Além disso, a embaixada e os consulados americanos divulgaram uma nota, deixando o assunto absolutamente oficial em nome dos Estados Unidos, afirmando que “a perseguição política contra Bolsonaro, sua família e seus apoiadores, é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Estamos acompanhando de perto a situação”.

Isso é muito grave, e já perdemos até negócios por essa briga. O ministro da Defesa da Argentina foi aos Estados Unidos e recebeu, de mão beijada, um negócio de 100 blindados que a Argentina não vai comprar mais do Brasil, até porque o Brasil se atrasou nessa venda, o financiamento do BNDES não saiu, o governo acha que vender armas é feio, não sei mais o quê. São oportunidades que perdemos por causa da ideologia infiltrada na economia.

O chanceler Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores, disse que, no caso de os EUA aplicarem a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, o Brasil vai “dar as costas e tocar para frente”. Mas o advogado-geral da União disse que já está tudo pronto para botar a República Federativa do Brasil no inquérito do Rumble, que corre na Justiça Federal da Flórida. A ação é Trump Media contra Alexandre de Moraes, mas o governo quer se meter.

Câmara quer saber como a FAB foi resgatar corrupta condenada no Peru

A comissão de Relações Exteriores da Câmara está convocando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para explicar: se está faltando combustível para a Força Aérea Brasileira, como é que um avião da FAB foi a Lima, no Peru, para resgatar uma condenada, a ex-primeira-dama peruana, que recebeu dinheiro da Odebrecht? Ela foi trazida ao Brasil no dia em que estava sendo condenada; agora está em São Paulo, como refugiada, e a Câmara quer explicação sobre isso. Eu aproveitaria para perguntar o que Lewandowski estava fazendo em Portugal, se havia um congresso nacional de segurança pública aqui em Brasília. Até reclamaram que atrasou a entrada no avião por causa dele.

Gilmarpalooza gerou milhões de euros em impostos para Lisboa. Por que não fizeram no Brasil?

O Correio Braziliense informou que esse evento do IDP de Gilmar Mendes movimentou a economia de Lisboa em 25 milhões de euros, equivalente a R$ 160 milhões. Eram 2,5 mil pessoas. 360 palestrantes e painelistas; foram usados 60 jatinhos particulares, além dos voos da TAP. Só em impostos Lisboa recolheu 5 milhões de euros, uns R$ 32 milhões. Se tudo isso tivesse acontecido aqui em Brasília, imaginem quanto imposto o governo ia arrecadar. Mas preferiram levar divisas para Portugal. Depois o povo se pergunta como é que a Indonésia e o Paquistão estão nos superando, como a Índia passou à nossa frente, como a China estava bem atrás de nós e já está longe à nossa frente. Será que somos masoquistas mesmo?

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

*Alexandre Garcia – Colunas sobre política nacional publicadas de domingo a quinta-feira. *Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.

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