O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), respondeu nesta terça-feira às críticas da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), à carta que ele enviou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual contesta dados apresentados sobre a criminalidade em Brasília. “Se o PT me critica, é a prova de que estou certo”, disse o governador, ao afirmar que recebe as reações “com naturalidade” e que a prioridade de seus críticos deveria ser “cuidar do País”.
A carta de Ibaneis, tornada pública nesta manhã, sustenta que o DF tem adotado uma política de segurança “livre de vieses ideológicos”, baseada em resultados e em diálogo. No texto, o governador afirma que Trump usou números equivocados ao classificar Brasília entre capitais violentas e cita indicadores oficiais para corrigir a distorção.
Gleisi classificou o documento como “subserviente” e lembrou que a segurança pública do DF é financiada por repasses federais, mencionando valores do Fundo Constitucional. A ministra também cobrou que o governador não politize o tema ao confrontar o governo Lula.
Os números oficiais da Secretaria de Segurança Pública do DF apontam que, em 2024, o Distrito Federal registrou a menor taxa de homicídios da série histórica iniciada em 1977: 6,8 por 100 mil habitantes. Essa marca contraria a cifra citada por Trump e é usada por Ibaneis para reforçar que a capital mantém patamar de violência inferior ao alegado pelo presidente norte-americano.
No campo político local, a carta provocou reações na oposição da Câmara Legislativa do DF, que chamou o gesto de “vergonhoso” e acusou o governador de buscar capitalizar o episódio com críticas ao governo federal. Ibaneis, por sua vez, reiterou que seu objetivo foi defender a imagem de Brasília e corrigir publicamente um dado errado, além de insistir em uma “reabertura de canais de diálogo” entre Brasil e EUA.
Os petistas não se cansam de “pagar mico”.
DF Mobilidade