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Ibaneis: “Minha veia parlamentar é executiva. Se a população quiser, estarei pronto para a reeleição”

Chegando o ano eleitoral, o governador Ibaneis Rocha (MDB) navega tranquilo nas águas rumo a reeleição. Que vem candidato já declarou

Sem concorrentes até o momento, as especulações sobre nomes têm corrido pelo DF apenas através dos meios de comunicação. Hora de vender o peixe e buscar afirmações para 2022.

O governador já deixou bem claro que deseja concorrer à reeleição, mas desde que sua avaliação pelo eleitorado brasiliense lhe dê suporte para isso. “Não vou meter a cara na parede como fizeram meus dois antecessores, Agnelo (PT) e Rollemberg (PSB), que mal avaliados insistiram numa coisa completamente inviável. O final da história todos conhecem”, disse.

Para o advogado de sucesso, o reconhecimento da população pelo trabalho que ele vem fazendo em seu governo será o combustível para a decisão definitiva ano que vem. “Tenho meu trabalho lá fora, meu escritório de advocacia que depende de mim também. Mas não posso deixar de ter a minha convicção de temos trabalhado com seriedade, buscando resultados e de termos um secretariado escolhido a dedos completamente afinado com nossos projetos, e por isso cremos que a população acompanha tudo”, reiterou.

Como está o cenário?

Há 11 meses das eleições, o cenário de Brasília não está muito diferente de 2018. Os concorrentes só mudaram de cadeiras, umas executivas, outras legislativas e algumas até mesmo continuaram vazias. Os nomes continuam os mesmos que sempre estiveram na boca do eleitorado, com raras exceções, mas renovação mesmo, pouquíssimas.

Agencia Senado

Izalci Lucas (PSDB) – Sempre muito querido no meio político do DF, o senador caiu em desgraça ao declarar apoio ao governador de São Paulo, João Dória, que também é de seu partido. Na capital federal onde o Bolsonarismo predomina, montar um palanque político para um dos maiores adversário e crítico de Jair Bolsonaro é assinar um atestado de óbito político rumo ao Buriti. Izalci fez isso! Terá que remar muito para convencer o eleitorado brasiliense de que está certo.

(Foto Roque de Sá/Agência Senado)

Antonio Reguffe (Podemos) – Situação semelhante aconteceu com o senador da economia. Conhecido pela prática de economizar em seus mandatos, críticos o condenam que suas economias não se traduzem em recursos práticos ao DF. Reguffe sempre foi muito solitário (tanto é que ficou muito tempo sem partido) e uma vitória traria uma incógnita de quais seriam seus projetos de governo para a população brasiliense. Para piorar, a filiação do ex-juiz e ministro do governo Bolsonaro ao Podemos, Sérgio Moro, o colocou numa saia justa: Como montar um palanque para um candidato inimigo do presidente que mora em Brasília e é, disparadamente, o nome para 2022? Por isso, as perspectivas de que volte ao PDT cada dia se tornam mais reais.

Flávia Arruda (PL-DF) – Eleita com o maior número de votos para a Câmara Federal pelo DF, a hoje ministra da poderosa Secretaria de Governo de Bolsonaro não conseguiu se definir e se firmar como um nome de consenso. Apesar do cacife de seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, hoje alijado das disputas eleitoras por problemas na justiça, Flávia não sabe que caminho trilhar. Aliada de Ibaneis (chegou até a ser ventilado compor como vice-governadora na chapa de Ibaneis), por mais que afirmem que ela caminhará independente, a ministra sabe onde pisa os pés. Votos não se transfere e um senado federal pode ser o caminho da federal licenciada.

Foto: Lupa Política

Leila do Volei (Cidadania) – Pupila de Rollemberg, a senadora brasiliense não aparece no cenário para o Buriti com destaques. Mesmo tendo uma boa avaliação pelo nome e a história que carrega no Esporte, Leila já foi muito criticada por seguir a cartilha de um derrotado, no caso o ex-governador Rollemberg, massacrado nas eleições de 2018 por Ibaneis. Por conta disso, trocou de partido e tenta a todo custo desvencilhar seu nome do PSBedista. Como tem mais 4 anos de mandato, aliar-se a Reguffe, seu novo guru, não lhe custará nada. Para chegar ao Buriti precisará de muita sorte para que todos os seus saques doravante sejam “Match Point”.

Foto: Divulgação CLDF

Leandro Grass (Rede) – Eleito para a Câmara Legislativa em 2018 com, apenas. 6.578 votos, Grass se aventurou a declarar-se candidato do Rede Sustentabilidade ao GDF. Nem mesmo seus pares de colegiado acreditam nessa possibilidade. Opositor ferrenho ao governo Ibaneis, dizem os colegas que o distrital não tem densidade eleitoral para dar um passo maior que as pernas. Acusado de montar o seu “gabinete do ódio”, com recursos do contribuinte, para atacar adversários políticos e veículos de comunicação que não rezam na sua cartilha, inclusive chamando-os de “fantasmas”, não foi uma boa estratégia. Em ano pré e eleitoral brigar com a imprensa não é nada salutar.

Alberto Fraga (DEM-DF) – Em 2018, processos e mais processos acabaram por impedir a caminhada de Fraga ao Buriti. O ex-deputado amargou uma das maiores derrotas de sua vida política. Mesmo assim, Fraga achava que sua amizade de anos com Bolsonaro poderia amenizar a situação com a ocupação e um cargo na esfera federal, um ministério. Isso não aconteceu e a morte de sua esposa, Mirta Fraga, por complicações da Covid-19, acabaram fazendo-o romper com o amigo. O coronel, discreto e experiente como é nessas questões políticas, não afirma a que cargo irá concorrer. A absolvição nos processos que o prejudicaram em 2018 o credencia a concorrer novamente ao Buriti, porém, segundo os bastidores, a caminhada do ex-deputado poderá ser lenta e a Câmara Federal deve ser seu caminho.

Ibaneis Rocha (MDB) – Não há adversários para Ibaneis até o momento. Detentor da caneta e comandante da máquina administrativa o atual governador tem tudo para conquistar o eleitorado. O canteiro de obras de interesse da população que ele transformou Brasília só pode ser comparado aos governos de Joaquim Roriz. Aliás, tem sido em Roriz que Ibaneis tem se espelhado para tocar seus projetos, inclusive de reeleição.

Por fim, devem estar perguntando: E a esquerda no DF? E o Partido dos Trabalhadores? Bom, esse é um assunto um tanto quanto delicado até mesmo no meio petista. Nomes como os da ex-governadora Arlete Sampaio, do ex-federal Geraldo Magela e até mesmo da presidente do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa tem sido especulados.

Na verdade, a esquerda demonstra estar bastante dividida no DF. O PSB já lançou a pré-candidatura de Rafael Parente ao Palácio do Buriti e o Psol pretende ter candidatura própria, focando no nome da ex-deputada Maria José Maninha.

Bom, mas dizem a política é como nuvem: “Uma hora está num lugar, em outra hora em outro lugar.”

Então, vamos aguardar…

Da redação…

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