- PUBLICIDADE -

Ibaneis corta o mal pela raíz: A história de 2018 não irá se repetir

Ao anunciar a “nova” chapa que concorrerá à reeleição, ontem à noite na presença de líderes partidários que o apoiam, Ibaneis Rocha (MDB) parece que deu uma cartada certeira nas pretensões do ex-governador José Roberto Arruda (PL) de fazer com ele o que fez com Jofran Frejat em 2018

Em 2018, quando ocupava tranquilamente a liderança nas pesquisas de intenções de votos para o governo do Distrito Federal, o médico e ex-secretário de saúde do DF, Jofran Frejat, desistiu de sua candidatura alegando “pressões de políticos” para dar rumo à sua candidatura. Frejat não aceitou e soltou a seguinte frase: “Parece que algumas pessoas têm pacto com o Diabo. Eu não vou vender minha alma”.

O caldeirão ferveu. Os bastidores começaram a fazer conjecturas para saber quem eram “esses políticos”. Nos corredores o nome do ex-governador Arruda era a aposta, principalmente porque Frejat, apesar de não citar nomes, teve uma reunião com Valdemar da Costa Neto para reclamar de Arruda. Segundo noticiado, o candidato disse a Valdemar que não aceitaria a interferência dele na campanha e que desistiria se isso ocorresse.

Acordos não cumpridos

Para Ibaneis, o acordo feito ainda no ano passado para que a ex-ministra Flávia Arruda (PL), esposa de Arruda, fosse a pré-candidata da chapa ao senado foi quebrado do outro lado.

“Esse acordo no momento que foi feito não dependia de mais ninguém. Foi feito na minha casa, na mesa onde sentam meus amigos e foi feito olhando no olho sem qualquer condição. Se as condições se alteraram ao longo do caminho, as minhas não se alteraram. É exatamente nessa linha que sigo. Entro nessa sala com o coração livre, liberto de qualquer acordo que fiz no passado e daqui para frente quem quiser tratar de qualquer caminho vai ter que sentar e fazer um novo acordo”, declarou, em referência à Flávia e ao marido, o ex-governador José Roberto Arruda.

Coligação aguardou definição do PL

Durante o almoço mais cedo na casa de Ibaneis Rocha com os líderes partidários e aliados, no Lago Sul, onde haveria a definição da chapa, acabou não acontecendo um acordo entre PP, PSD, Republicanos, Avante, MDB, Agir e PL. Ibaneis, então, deu um ultimato até às 18 horas para que Flávia Arruda e seu marido se posicionassem. Foi sugerido, então, um vídeo de Arruda, o que não veio até o horário limite.

Como o PL não se pronunciou, e tudo levava a crer que por conta da possível candidatura do ex-governador José Roberto Arruda ao Buriti, animado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que lhe devolveu os direitos políticos, Ibaneis e os líderes resolveram fechar a chapa, com Celina Leão (PP) escolhida como vice e a ex-ministra de Bolsonaro Damares Alves (Republicanos) vindo para o senado.

O futuro de Arruda ainda é incerto e depende de um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ser definido em agosto, próximo às confirmações definitivas das chapas (convenções).

Na verdade, se houve má intenção do atirador Arruda, o tiro acabou atingindo o próprio pé e, de quebra, os estilhaços acabaram por atingir Flávia Arruda que estava bem nas pesquisas.

Situação complicada…

Sair da versão mobile