- PUBLICIDADE -

Grupo investe em Reguffe, mas quer “esquartejar” governo caso vença

Na política não existe almoço de graça. O senador Reguffe, candidato ao Buriti, sabe muito bem disso. No entanto, ele foi atraído a amarrar sua candidatura, no sistema toma-lá-dá-cá, antes dos resultados das urnas

Por Toni Duarte-RadarDF

O senador, em fim de mandato, José Antonio Reguffe, deve largar o Podemos, para ingressar no União Brasil, com as bençãos de Luciano Bivar e do endinheirado empresário Luiz Felipe Belmonte, para se candidatar ao governo do DF.

A “negociação” neste sentido está em curso. Faltando apenas o senador pensar, pensar e bater o martelo.

Para quem passou os últimos 16 anos, no mandato parlamentar, fazendo economia de palitos, renunciando em nome da austeridade e transparência, as verbas de gabinete, carros oficiais e até plano de saúde, o senador Reguffe estaria propenso a se dobrar aos encantos de seus investidores.

Tudo foi compactuado, sem finalização concreta, em meio a uma reunião, fechada, ocorrida no início da semana.

Para que os investimentos cheguem, para irrigar a caminhada ao Buriti, a primeira providência a ser tomada pelo senador, até o dia 1º de abril, é a de deixar o Podemos, partido que tem como candidato o presidenciável Sérgio Moro.

Reguffe se filiou ao Podemos sob convite do também senador Álvaro Dias (PR), em setembro de 2019. Ele estava sem partido desde quando abandonou o PDT, por onde se elegeu em 2014.

Na época, de filiação ao Podemos, Reguffe justificou o ingresso, dizendo precisar construir uma alternativa de centro, “mas não desse centro fisiológico, de toma lá, dá cá, do centrão e sim de um centro democrático”. Vai entender.

Fissurado no seu projeto ao Buriti, o senador tem se movimentado da esquerda para a direita, sem deixar o centro do tal toma-lá-dá-cá, de fora.

No caso de ingressar no União Brasil, partido que tem a maior fatia do bilionário fundo partidário, Reguffe teve a garantia, sob a mesa, do vil metal para irrigar a campanha. As garantias foram dadas por Luciano Bivar, que trabalha para se tornar presidente da nova sigla, surgida entre a fusão do PSL, partido que ele é o presidente nacional, com o DEM.

Reguffe foi levado a Bivar pelas mãos do endinheirado empresário Luiz Felipe Belmonte.

Como na política não existe almoço de graça e nem economia de palitos, foi prometida a Reguffe uma campanha confortável, competitiva e rica, desde que, caso vença, a corrida ao Buriti, seja ele apenas como “rainha da Inglaterra”: reina, mas não manda.

Na conversa entre o grupo, até a chapa ficou de pronto desenhada. Reguffe sai na cabeça, enquanto a deputada federal Paula Belmonte, mulher de Felipe, ocupa a vaga de senadora.

Além do União, a aliança partidária será formada por dois outros partidos: PROS e o PSC.

Ainda não foi definido o nome do vice de Reguffe.

Esse filme, faz lembrar o saudoso médico Jofran Frejat (PL), franco favorito para ganhar as eleições ao Buriti, em 2018. Frejat desistiu da corrida quando soube que o seu futuro governo estava sendo esquartejado e dividido antecipadamente, antes mesmo dos resultados das urnas. Secretarias e planos de licitações já estava tudo montado.

Para justificar, que estava abandonando tudo, o probo e invendível Frejat, disse: “não vou vender a minha alma ao diabo”, (relembre aqui)

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- PUBLICIDADE -