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Governo Lula quer a qualquer custo linkar “Tiu França” aos atentados de 8 de janeiro

Mesmo com as investigações ainda sem nenhuma conclusão prévia acerca dos reais motivos que levaram Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, a se auto exterminar com bombas de fabricação caseira em frente ao STF, o governo de Lula tem a esperança de criar mais uma narrativa de que o autor tinha uma “proteção à retaguarda”.

Isso ficou claro após o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República – SECOM, Paulo Pimenta, declarar que a ação do suicida pode estar ligado a outras “conexões”.

Não muito depois, seu colega de ministério, o de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não se pode desprezar que o fato pode estar ligado aos episódios do 8 de janeiro de 2023.

O Planalto está otimista com os avanços das investigações, mas é nítido a torcida para que as ações praticadas por “Tiu França” tenham alguma proteção na retaguarda e ligação direta com os atos considerados “terroristas” pelo governo e pelo Supremo Tribunal Federal.

Essa expectativa do governo se dá por conta das evidências que até agora já foram encontradas e podem estar relacionadas ao fato, como o aluguel de um trailer localizado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados; artefatos enterrados nas proximidades da Praça dos Três Poderes; bomba deixada em uma das gavetas do quarto e inscrições no espelho da casa alugada por Wanderley na Região Administrativa de Ceilândia (DF), além de postagens em redes sociais.

Pimenta descarta suicídio e é contra a anistia

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom do governo Lula Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro disse descartar a tese de suicídio, no que citou as imagens de câmeras de segurança, e disse que o Brasil terá de tratar desse tipo de episódio cada vez mais como atos de terrorismo.

Na avaliação do ministro, um dos objetivos do ataque era trazer instabilidade à realização do G-20 e a chegada de outros líderes ao Brasil.

Paulo Pimenta se posicionou contra a anistia a envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF. “Anistia nesse momento é estimular impunidade. E a impunidade é o fermento do terror que assistimos nesta semana. Sou contra qualquer debate sobre anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro”, afirmou. “Quem atenta contra a democracia não vai contar com nenhum tipo de impunidade nesse País.”

Da redação com informações ESTADAO

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