Desde fevereiro deste ano o Governo do Distrito Federal, através do Governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), vem trabalhando para a recomposição dos salários das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros do DF junto ao Governo Federal com base nos reajustes do Fundo Constitucional do DF
No entanto, o governo Lula vem colocando obstáculos através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de forma a atrasar os benefícios concedidos aos policiais responsáveis pela segurança da Capital.
Depois de atender a inúmeras exigências do Ministério, coisa desnecessária, pois o Fundo Constitucional foi criado exclusivamente para isso, organizar e manter a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do DF, além de auxiliar na execução de serviços públicos de saúde, não se compreende porque tanta burocracia.
Amanhã (20), estava marcada a última reunião para o desfecho final do reajuste e o possível encaminhamento ao Congresso Nacional de uma Medida Provisória (MP) ou um Projeto de Lei (PL) definindo o aumento dos servidores dessas categorias.
Porém, sem nenhuma justificativa, o MGI adiou a reunião de amanhã (20) e remarcou para, possivelmente, sexta-feira, dia 22 de agosto, o que não garante uma definição. Uma forma esdrúxula de ganhar tempo, como frisaram algumas fontes que pediram sigilo. A Polícia Civil havia convocado seu efetivo para uma campana frente ao MGI.
A previsão para que o aumento passe a vigorar, e isso ficou acertado entre o governo de Ibaneis Rocha (DF) e o Governo Federal, seria em setembro corrente. Mas já existe uma expectativa negativa que mais uma vez o governo Lula não cumpra com seus compromissos, coisa que se tornou rotineira nesse governo, e atrase o cronograma.
As corporações não estão nada satisfeitas. Fontes que estão envolvidas nesse contexto alegam que o governo federal vem fazendo pouco caso do tema e não estão demonstrando nenhuma boa vontade em seguir adiante, principalmente pela necessidade de captação de recursos para os gastos públicos, já que o governo gasta mais do que arrecada. Enquanto isso as tropas observam, mas com ressalvas e sem responsabilidade pelo que possa vir a acontecer por conta do descaso governamental.
O reajuste das forças de segurança do DF já foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e por serem recursos já pré-definidos não precisariam de tanta burocracia. No entanto, o governo federal vem valorizando seu passe e dificultando a implementação e consolidação do projeto. Comenta-se nos bastidores que o cunho seja puramente eleitoreiro.
Fontes ouvidas pelo portal garantem que cumprirão o seu compromisso com o governo, como já fizeram, em fornecer todos os números que possibilitem os reajustes sem oneração ao Estado, mas nos bastidores e redes sociais dos policiais até mesmo a possível volta de uma operação tartaruga vem sendo comentada, como a que aconteceu em novembro de 2013, e que causou sérios problemas à população do DF, caso o governo não cumpra seu papel, o que pode complicar a situação política dentro do DF e, principalmente, em ano pré-eleitoral.
A expectativa é que a reunião, remarcada para o dia 22, realmente aconteça e defina, de uma vez por todas, essa questão que envolve todas as forças de segurança do DF. Aguarda-se que tudo possa terminar bem, até mesmo para a população da capital da república.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília