Uma mulher de 37 anos foi encontrada morta com sinais de estrangulamento dentro da própria casa nesta manhã em Ceilândia. Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito é o companheiro da vítima e pelo menos dez registros de violência doméstica foram registrados contra ele pela mulher.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), cobrou nesta segunda-feira (15) uma postura mais firme do Judiciário no combate à violência contra a mulher. O comentário foi feito após a confirmação do segundo feminicídio no DF em 2023.
“O Judiciário precisa ser mais firme nas punições e mais firme nas penas”, disse Celina. “Nós podemos trabalhar na prevenção e depois na detenção. Com sentença, só o Judiciário pode fazer”, afirmou a governadora.
Segundo informações preliminares dos policiais, o suspeito teria ligado para o Corpo de Bombeiros e solicitado socorro para um suposto caso de queda, logo após cometer o crime. Os militares informaram que a vítima foi encontrada morta, caída no chão do banheiro e com lesões no rosto e no pescoço.
À Record TV, a delegada Letizia Lourenço afirmou que vizinhos chegaram a escutar gritos de socorro da vítima durante a madrugada, mas ninguém acionou a polícia. Celina afirma que ficou “estarrecida” ao ser informada.
“Se você aciona a polícia para reclamar de barulho que te incomoda e você escuta uma mulher gritando, você é incapaz de ligar para polícia?”, questiona. Segundo ela, o combate à violência contra a mulher é “um trabalho de todos”.
O primeiro feminicídio do ano no DF ocorreu na tarde da última quarta-feira (10) na região do Gama. Tainara Kellen Mesquita da Silva foi morta pelo ex-marido, Wesly Denny da Silva Melo. Ele foi preso pela Polícia Militar de Goiás em Santa Maria (DF) no dia seguinte e confessou o crime.
Tainara foi morta a tiros enquanto trabalhava no Gama. Wesly tinha onze passagens na polícia e é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). A polícia encontrou armas e munições na casa dele.
Com informações R7.com