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Glauber Braga que costuma atacar colegas deputados apela até para mãe de santo para não ser cassado

Parlamentares do PSOL e autoridades religiosas se uniram nesta quinta-feira 10 em um culto ecumênico na Câmara contra a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). O destino do parlamentar está agora nas mãos do plenário da Casa, que vai apreciar o relatório final do Conselho de Ética — por 13 votos a 5, o colegiado aprovou nesta quarta-feira 9 a cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar. Ele passou a noite na Câmara e está fazendo greve de fome desde então, alimentando-se apenas com líquidos.

O ato ecumênico teve a presença de religiosos de matriz evangélica (reverenda Tati Ribeiro), católica (freis David Raimundo Santos e Sérgio Görgen) e afro (mãe Baiana), além de lideranças religiosas que estavam no acampamento Terra Livre. Glauber não discursou no evento. Ele não está dando entrevistas para poupar energia devido à greve de fome.

O Conselho de Ética aprovou um parecer pela cassação de Glauber por conta de uma briga que ele teve com um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências da Câmara, em abril do ano passado. O deputado do PSOL foi acusado de agredir, com ofensas verbais e pontapés, o adversário.

“Com efeito, não é de hoje que o deputado Glauber Braga vem agindo com total desrespeito em relação a esta Casa e aos deputados que a compõem. Seu tom belicoso e ultrajante ultrapassa, em muito, os limites do embate político aceitável. (…) A escalada desse comportamento agressivo lamentavelmente culminou com a violência física, como se constatou nesse processo”, diz trecho do relatório aprovado no Conselho de Ética.

“Isso se trata de uma perseguição completamente desproporcional. Esse processo não se trata da reação que Glauber teve àquele provocador do MBL. Não se trata disso. São forças poderosas que atuam sobre a política brasileira que estão atrás”, disse a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) durante o ato em Brasília.

Em sua defesa, Glauber argumentou que foi exaustivamente provocado, o que é uma tática comum do MBL. O deputado e seus apoiadores defendem que a cassação do seu mandato foi uma medida desproporcional ao episódio e seria, na verdade, fruto de uma perseguição encabeçada por adversários políticos, especialmente por conta do enfrentamento que o deputado fez ao orçamento secreto.

Haveria, segundo Glauber, intervenção específica de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e com quem teve desavenças em plenário. O atual chefe da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado de Lira, cancelou as sessões presenciais da Casa nos próximos dias.

Fonte: Veja

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