Forças de segurança pública farão protesto contra PEC Emergencial

Tomaz Silva/Agência Brasil

Categoria diz que presidente Bolsonaro age com “desprezo” em relação aos servidores. Eles querem ser poupados de “gatilhos fiscais”

As forças de segurança pública decidiram realizar um protesto, na manhã desta quarta-feira (10/3), contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2019, a (PEC) Emergencial. Segundo a categoria, as movimentações serão tomadas por causa do “desprezo” com o qual, segundo eles, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem tratado os profissionais da área.

A decisão foi tomada pela União dos Policiais do Brasil (UPB). De acordo com a entidade, mesmo com os servidores estando na linha de frente da pandemia de Covid-19, Bolsonaro não deu apoio à categoria em relação aos “gatilhos” da PEC Emergencial, que retira uma série de benefícios, como aumento salarial.

“Homens e mulheres sujeitos à alta exposição e a risco de contaminação, que nunca abandonaram suas atividades e que, seguidamente, foram ignorados pela gestão do presidente Jair Bolsonaro”, diz nota da UPB.

Os policiais são proibidos de fazer greve, por isso, dizem eles, o plano é realizar paralisações ao longo do dia. Fazem parte da UPB delegados, peritos, agentes da Polícia Federal, policiais rodoviários federais entre outras carreiras.

“Gatilhos”

O texto da PEC enviado à Câmara pelo Senado teve apoio do Palácio do Planalto, inclusive, com o voto do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) contra a exclusão dos policiais.

Se aprovado, o texto estipula um gatilho para congelamento de salário e proibição de progressão na carreira e novas contratações sempre que houver decretação de estado de calamidade ou quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes alcançar 95%.

Metropoles.com

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