Sua permanência na PF durou cerca de 30 minutos. Ao deixar a sede da instituição, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência e um dos advogados de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que a decisão de não prestar depoimento foi uma estratégia da defesa.
De acordo com Wajngarten, a equipe jurídica do ex-presidente não teve acesso à totalidade dos documentos da investigação e à delação premiada do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid.
“O presidente já se retirou, optando pelo silêncio, conforme previamente anunciado pela defesa. Esse silêncio, é importante esclarecer, não é apenas um exercício do direito constitucional, mas sim uma estratégia baseada na falta de acesso da defesa a todos os elementos pelos quais o presidente está sendo acusado de cometer certos delitos”, disse Wajngarten.
Por essa mesma razão, a defesa de Bolsonaro tentou adiar o depoimento por três vezes, mas teve o pedido negado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Além de Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa e companheiro de chapa do ex-presidente nas eleições de 2022, general Walter Braga Netto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno e o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira também já deixaram a sede da PF
O segundo advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, afirmou que: “o único motivo é o fato dele responder uma investigação semi-secreta”.
Direita Online