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Em ato, Bolsonaro manda recado ao STF sobre anistia: “Ninguém tem que se meter”

Ex-presidente da República desobedeceu a recomendação médica e participou de manifestação em Brasília menos de uma semana após alta hospitalar

Em ato pela anistia aos réus do 8 de janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a dar recados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar nominalmente os integrantes da Corte, ele afirmou que apenas o parlamento é responsável por conceder o benefício às pessoas presas após o quebra-quebra na praça dos Três Poderes.

A manifestação aconteceu em Brasília na tarde desta quarta-feira, 7, a reuniu parlamentares da base bolsonarista na Câmara e Senado. Vários manifestantes chegaram em comitivas e ônibus fretados, conforme apurou O Antagonista. Pelo menos dez ônibus foram flagrados por este portal no Centro da capital federal.

“O que estamos vivendo no momento é muito triste e doloroso. Mas nós não vamos perder a esperança. Não vamos abaixar a cabeça para ninguém. Se queremos democracia, se queremos liberdade, se queremos um país melhor para todos, todos nós somos responsáveis pelo futuro do nosso país”, declarou Bolsonaro.

No rápido discurso, de menos de cinco minutos, Bolsonaro classificou a anistia com um ato meramente político e privativo do Congresso. “A anistia é um ato político e privativo do parlamento brasileiro. O parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada. Tem que cumprir a vontade do parlamento”, declarou o ex-presidente.

A fala é uma referência a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) que já mandaram recados a membros tanto da Câmara quanto do Senado contra o projeto de lei da anistia aos atos de 8 de janeiro encabeçado por deputados do PL.

Em alternativa ao texto bolsonarista, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), pretende apresentar uma proposta ainda neste mês diminuindo o volume das penas já arbitradas. O substitutivo vem sendo articulado em conjunto com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e com os próprios ministros do STF.

A tendência é que também façam parte do grupo de trabalho parlamentares como Alessandro Vieira (MDB-SE) e o ex-juiz Sergio Moro (União-PR). Bolsonaro ignorou uma recomendação médica e até mesmo de integrantes do PL ao participar do ato.

O Antagonista

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