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Em 2021, prisões da PF por crimes de colarinho branco caíram 59%

Por outro lado, detenções por delitos envolvendo violações dos direitos humanos e ataques contra o meio ambiente aumentaram

O número de prisões por crimes de colarinho branco por parte da Polícia Federal tiveram uma queda de 59% no ano passado. De acordo com dados da própria corporação, em 2021, o número de prisões por delitos como corrupção, organização criminosa, peculato, tráfico de influência e outros crimes, foi de 167 entre janeiro e setembro. Já no ano anterior, foram realizadas 411 detenções.

O fim da operação Lava Jato, com a desmobilização das forças-tarefas no âmbito do MPF (Ministério Público Federal) por determinação da PGR (Procuradoria-Geral da República), poderia explicar a desaceleração nas ações. No entanto, o número de prisões está bem abaixo de anos anteriores, quando a Lava Jato sequer tinha sido deflagrada. Em 2008, foram 320 prisões, e em 2011, 314.  A Lava Jato começou em 2014, quando foram registradas 174 prisões, e, em 2018, ano eleitoral, atingiu o pico, com 668 encarceramentos.

Os dados anteriores a 2018 foram informados pela PF a um pedido de acesso à informação solicitado pela ONG (Organização Não Governamental) Fiquem Sabendo, especializada na coleta de dados públicos. Os dados mais recentes foram divulgados em um balanço da instituição.

Direitos humanos

Se por um lado as prisões deflagradas contra atos de corrupção reduziram, as ações e detenções ligadas a violações de direitos humanos tiveram um aumento substancial. Em 2021, foram realizadas 304 operações contra crimes deste tipo, que envolvem trabalho escravo, tráfico de pessoas e contrabando de imigrantes. Em 2020, foram 90 operações, o que demonstra um aumento de 237%, sendo o maior número de ações do tipo desde 2008.

No ano passado, 156 pessoas foram presas por envolvimento em delitos contra os direitos humanos, frente a 70 detenções no período imediatamente anterior. Outro aumento foi registrado nas ações deflagradas contra crimes ambientais, que chegaram a 695 no ano passando, registrando aumento de 55%, frente as 447 de 2020.

No mesmo período, 646 pessoas foram presas por atos que envolvem desmatamento ilegal, poluição de rios, danos contra a fauna, flora e contrabando de produtos de origem animal e vegetal.

R7.com

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