Visando levar o esclarecimento acerca de alguns detalhes das próximas eleições a um grande segmento que é a Polícia Militar, buscamos alguns especialistas para “auxiliar” na tomada de decisão na hora do policial depositar o seu voto aos eu deputado distrital
“Os candidatos a deputado distrital não dependem unicamente dos votos recebidos para conquistar uma vaga na Câmara Legislativa. Eleitos de acordo com o sistema proporcional, os parlamentares, junto com seus partidos ou federações partidárias, também precisam atingir os índices definidos pelo quociente eleitoral (QE) e o quociente partidário (QP)”, explicou o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB.
O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos dividida pelo número de cadeiras em disputa na Câmara Legislativa – os votos válidos são aqueles para um candidato ou uma legenda, excluindo-se os brancos e os nulos.
O primeiro entendimento necessário, e é o que a grande maioria talvez desconheça, é que no entendimento se baseia de que um candidato para ser eleito necessitará que seu partido atinja o Quociente Partidário (QP).
Toda vez que o partido atingir o Quociente Partidário (QP) e obter pelo menos 10% dele, terá esse direito a uma cadeira (isso estamos tratando de candidatos a deputados distritais).
Hoje presume-se, segundo cálculos aproximados, que o Quociente Partidário vá chegar próximo dos 70 mil votos. E aí que entra a regrinha do 80/20. Mas o quê significa isso?
Significa que em relação a essa regra do 80/20, um candidato para ter direito de participar das sobras de votos de cada partido terá que atingir 20% do QP, algo em torno dos 14 mil votos e o seu partido 80% do QP, algo em torno de 56 mil votos.
Com isso, nota-se que o QP (Quociente Partidário) será muito alto e candidatos entre 7 a 9 mil votos terão seríssimas dificuldades de conseguir uma cadeira. Se o Partido não atingir, no mínimo, os 20% do QP, automaticamente seus candidatos não poderão participar das sobras de votos de cada partido.
Os grandes beneficiados com isso serão aqueles candidatos que já dispõe de um mandato e estão num partido de grande poder de votos, como o MDB e o PL. Além disso, candidatos na PMDF e no CBMDF que não tiverem um apoio externo (comunidades, por exemplo) podem ver seus sonhos adiados ou até mesmo perdidos.
Segundo os especialistas, o MDB tem grandes possibilidades de fazer três candidatos e ainda levar mais uma vaga na sobra, mesmo com uma nominata concorridíssima. Da mesma forma o PL, de Bolsonaro e Flávia Arruda, que pode abocanhar duas cadeiras legislativas no DF.
Nas corporações militares, hoje, dois distritais concorrem à reeleição: João Hermeto (MDB-PMDF) e Roosevelt Vilela (PL-CBMDF). Ambos têm muitas possibilidades de permanecerem em suas cadeiras pelo trabalho que tiveram a oportunidade de executar junto às suas bases externas às corporações. Os demais candidatos, terão que gastar muita sola de sapato e poder de convencimento se quiserem entrar na briga.
E para falar a verdade, quem gosta de PM? Numa sociedade hipócrita, poucos dão valor a esses heróis de farda. Deles só se lembram na hora do “arrocho”.
“Vai ser briga de foice”, como diz o velho ditado…
**Mais tarde falaremos sobre os federais.
Por Jorge Poliglota…