Se tem algo que está tirando o sono do presidente Lula, da esquerda e de muitos ministros da Suprema Corte é a grande possibilidade de ano que vem e, a partir de 2027, a renovação no Senado Federal for da forma como a Direita planeja: Maioria absoluta!
Para as próximas eleições a Casa terá a renovação de dois terços de seus membros, ou seja, 54 cadeiras, que serão concorridíssimas.
O PT sabe disso e Lula já deu ordem para que todos os esforços sejam envidados para que isso não aconteça. Por alto, o Senado teria cerca de 59 candidatos de Direita e isso possibilitaria e inviabilizaria qualquer projeto do governo Lula, caso ele venha a concorrer e vença.
Uma das prováveis consequências da eleição da maioria de Direita no Senado seria a possibilidade do andamento de pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffolli, cujos pedidos andam “engavetados” nas mesas de Alcolumbre e Motta.
Campanha forte de conscientização do eleitorado
Para isso, segundo fontes informaram nos bastidores, uma ampla campanha deverá ser feita junto aos eleitores para conscientizá-los da necessidade da escolha correta de seu senador. “Vamos orientar o eleitor para que na hora da escolha a faça observando se o seu candidato tem algum “penduricalho” na justiça, em especial no STF. Como um Senador, que tem a prerrogativa de encarar de frente um ministro do Supremo, vai fazê-lo se tiver rabo preso ou processo no Tribunal?”, disse uma fonte da Direita conservadora que pediu para não ser identificada.
Desde o fim das eleições municipais, a direita, sob a liderança de Bolsonaro, tem articulado estratégias para conquistar a maioria no Senado. A disputa por apoio do ex-presidente já mobiliza vários pré-candidatos a senador e acirra a competição em redutos de eleitorado predominantemente conservador, como Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Numa demonstração prévia de sua força, a direita já conta com nomes competitivos em vários estados, como as deputadas do PL catarinense Caroline De Toni e Júlia Zanatta. No Rio Grande do Sul se destacam pré-candidatos como Marcel Van Hattem (Novo) e Luciano Zucco (PL) e no Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB), Michelle Bolsonaro (PL), Bia Kicis (PL) e Sebastião Coelho (NOVO). Para o maior colégio eleitoral do país, São Paulo, lideram os deputados Eduardo Bolsonaro (PL) – que também pode ser candidato a presidente – e Guilherme Derrite (Republicanos).
Enquanto isso, Lula vai soltando seus “esporros” na sua militância e aliados de forma que não admita ficar refém da Direita conservadora. E isso já está público e notório.
2026 promete, mas 2027 prometerá muito mais…
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília