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ELEIÇÕES 2022: Semanas quentes na política do DF. Arruda quer, mas STF quem decidirá

As próximas semanas prometem esquentar a política no Distrito Federal. De um lado um governo consolidado e do outro o grupo do ex-governador Arruda querendo restabelecer seus direitos políticos para tentar melar a reeleição de Ibaneis Rocha

Quem conhece de perto o ex-governador José Roberto Arruda (PL), sabe que ele não é um cara fácil de desistir de nada. E é com esse pensamento que Arruda vem tentando conter o crescimento político do atual chefe do Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB). Por trás de toda essa luta do grupo Arrudista existe um propósito muito maior que é impedir que o atual mandatário da cadeira nº 01 do GDF se torne um “novo Roriz”.

Os bastidores da política, como sempre, trazem as informações online e com credibilidade. E dentro desse contexto, segundo fontes fidedignas, existe um plano maquiavélico sendo orquestrado com o objetivo de levar o ex-governador de volta ao cenário político, que só o mantém vivo ainda por conta da visibilidade e projeção que sua esposa, a deputada federal Flávia Arruda (PL), candidata ao senado com apoio do presidente Bolsonaro (PL), de Ibaneis Rocha e declarada fiel apoiadora do atual governador do DF.

Para os Arrudistas, a esperança é a última que morre. Arruda, como todos sabem, continua inelegível, apesar do ânimo de sua turma em propagar que ele já está pronto para concorrer às eleições. Não! Não está. Sua condenação de cinco anos por improbidade administrativa o impedem de dar qualquer passo nesse sentido. E isso quem diz é a justiça e mais ninguém.

A confiança do grupo Arrudista de que “tudo possa dar certo” se baseia no encaminhamento de dois processos para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que estavam erroneamente, segundo a Corte, no Supremo Tribunal Federal (STF). Aliado a isso, os rumores que tentaram emplacar de que Flávia Arruda romperia com Ibaneis deu mais fôlego ao grupo.

No entanto, a costura política entre Ibaneis e Flávia vem desde 2021, quando se antecipando a todos que pretendiam chegar ao Buriti, Ibaneis declarou em primeira mão a um programa do jornalista Sandro Gianelli que iria disputar a reeleição, caso a população assim aprovasse. De lá para cá, Ibaneis deu show em todas as pesquisas de opinião pública se mantendo na frente de todos que almejam seu cargo. A oposição pirou!

Ibaneis, como exímio político que se tornou, tratou logo de apagar a fumaça que queria se transformar em fogo e chamou Flávia e Arruda para uma conversa, cujo resultado foi a imediata manifestação da candidata ao senado de que com Ibaneis ela iria até o fim. Tanto é que, onde está Ibaneis, está Flávia.

Voltando aos dois processos encaminhados ao TSE, um deles, que trata da Improbidade Administrativa, ainda depende da análise do STF de uma ação que está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes sobre a nova lei de improbidade administrativa. Mesmo com a comemoração antecipada de sua equipe jurídica de que Arruda possa ser beneficiado por conta das mudanças na legislação, e se tornar elegível, surge mais uma barreira no martírio do ex-governador, já que Alexandre de Moraes (Ministro do STF) determinou em despacho, à época, a suspensão de todos os processos que solicitam a prescrição das ações de Improbidade Administrativa até que a ação seja julgada pelo STF. E para isso não existe data prevista, mesmo que a torcida seja pelo julgamento da ação antes do fim do prazo para registros de campanhas.

UMA LUTA DIFÍCIL E DE CONVENCIMENTO

Especialistas em política afirmam que mesmo que esses obstáculos sejam superados por Arruda, a luta para chegar ao Buriti não será fácil. Primeiro porque o afastamento político, sem cargos nos governos, já ofusca qualquer político. Segundo que na atual conjuntura, onde Ibaneis se supera a cada dia e tem o apoio da população, empresários locais, do Agronegócio e de boa parcela de servidores públicos, beneficiados com promessas cumpridas em seu governo que os antigos gestores simplesmente ignoraram, reverter esse quadro talvez seja muito mais difícil do que eliminar processos.

As imagens amplamente divulgadas da operação Caixa de Pandora, onde dinheiro público foi distribuído à rodo por Durval Barbosa a inúmeros políticos do DF, não foram esquecidas pelo eleitorado. Convencer o eleitorado de que isso não acontecerá mais num eventual governo arrudista será um osso duro de roer, principalmente se for levado em conta que no atual governo todos que fugiram à regra e se meteram em falcatruas e corrupções acabaram atrás das grades e alijados de todo processo público.

A todos só resta aguardar. Política é como nuvem, uma hora está num lugar e daqui a pouco em outro. Até Agosto, período de registro das candidaturas, vai faltar farmácia no DF para vender tantos ansiolíticos.

Por Poliglota, jornalista e editor do Portal Opinião Brasília – Foto: Reprodução/Google Imagens 

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