Bolsonaro pede anulação de votos de parte das urnas. Moraes dá 24 horas para apresentarem Relatório completo dos dois turnos
O Partido Liberal (PL) acabou de protocolar e expor publicamente, através de entrevista coletiva, as inconsistências apresentadas em urnas utilizadas no processo eleitoral do 2º turno das eleições de 2022, feitos por uma empresa especializada e contratada pelo partido.
Concomitantemente, o presidente Jair Bolsonaro (PL), junto ao Partido Liberal, ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de anulação de parte das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições presidenciais de modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015.
A solicitação da legenda é de que quase 280 mil itens de votação de modelos anteriores ao ano de 2020 sejam anuladas. “Uma apuração realizada apenas com base nos resultados das urnas do modelo UE2020 (40,82% do total das urnas utilizadas no 2º turno) – que, reitere-se, possibilitam, com a certeza necessária, validar e atestar a idoneidade de seus votos –, o resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 (vinte e seis milhões, cento e oitenta e nove mil, setecentos e vinte e um) votos ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, e 25.111.550 (vinte e cinco milhões, cento e onze mil, quinhentos e cinquenta) votos ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula”, diz trecho do documento.
Moraes ameaça indeferir pedido se dados do 1º Turno não forem apresentados em 24 horas
Em contrapartida, e em resposta relâmpago, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o Partido Liberal (PL) apresente o relatório completo que pede a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 nas eleições de 2022.
Disse Moraes: “Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Publique-se com urgência”. (Grifo nosso)
Segundo especialistas, essa foi uma jogada do TSE para que não admita a possível inconsistência encontrada no relatório, já que o tribunal sempre afirmou que as urnas eram infalíveis e inquestionáveis. “A não ser que o Partido e a equipe técnica já tenham esses dados, fica praticamente inviável levantar os dados no prazo exigido pelo ministro. Mas duvido muito que essas possibilidades de ações por parte de Alexandre de Moraes não tenham sido já antecipadas e os documentos estejam prontos para serem protocolados. Aí, já era para o TSE”, disse uma fonte que pediu sigilo.
Veja o Relatório na íntegra:
Representação do PL by Manoela Alcântara
Relatório postado pelo Metrópoles.com
