Basta um pronunciamento, uma declaração, um evento controlado e um microfone na mão de Lula para que sua popularidade despenque ladeira abaixo, numa descida alucinante
Desde que começaram as pesquisas de opinião pública que o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva vem caindo vertiginosamente.
A mais recente, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg e divulgada hoje (7), mostra que a avaliação negativa do governo PT chegou a 50,8%. A coleta de dados ocorreu entre os dias 24 e 27 de fevereiro, de forma online, onde foram entrevistados 5.710 brasileiros, onde a maioria considerou a gestão ruim ou péssima.
Em relação a janeiro, o aumento foi de 4,3 pontos percentuais quando o índice girava em torno de 46,5%. Nem Sidônio Pereira (responsável pela Comunicação) e agora Gleisi Hoffmann (nomeada ministra de Relações Institucionais) conseguem resolver a impopularidade de Lula.
Mas a oposição ainda brincou com Lula. “Lula não pode reclamar muito, pelo menos a aprovação permaneceu estável caindo só 0,2 pontos percentuais ( de 37,8% para 37,6%)”, disse um oposicionista.
Na comparação com o governo de Jair Bolsonaro (PL), 49,4% dos entrevistados veem a atual gestão como pior, um salto de 3,6 pontos desde janeiro (45,8%), enquanto 48,9% a consideram melhor, praticamente estável em relação aos 48,5% anteriores.
Com margem de erro de um ponto percentual, os números indicam empate técnico. A desaprovação pessoal de Lula oscilou de 51,4% para 53%, mas, devido à margem de erro, não configura crescimento significativo. A aprovação do presidente também se manteve em 45,7%, próxima dos 45,9% do mês passado.
O estudo destaca percepções mistas por área. O governo Lula é visto como superior ao de Bolsonaro em moradia (50% acham melhor contra 43% pior), direitos humanos e igualdade racial (52% x 43%) e relações internacionais (51% x 46%).
Por outro lado, registra piora em segurança pública (35% melhor x 50% pior), impostos e carga fiscal (37% x 52%) e controle de gastos públicos (37% x 53%).
Entre os erros mais citados estão o imposto sobre compras internacionais de até US$ 50 (64% consideram erro), a cota de empregos para detentos ou ex-detentos (51%) e críticas ao Banco Central (51%).
Já os acertos incluem a gratuidade do Farmácia Popular (85% veem como acerto), a isenção de imposto de renda até R$ 5 mil mensais (78%, embora ainda não implementada) e a retirada de garimpeiros de áreas indígenas (73%).
A pesquisa, com nível de confiança de 95% e margem de erro de um ponto percentual, foi feita com adultos recrutados aleatoriamente na internet, com ajustes estatísticos para garantir representatividade.
Da redação com informações Direita Online