Um ano e três meses da campanha eleitoral de 2022 a movimentação dos que querem entrar e dos quem querem se manter, por mais quatro anos como parlamentares, começa a se intensificar no meio político do Distrito Federal.
Dos atuais donos das oito cadeiras da bancada do DF, alguns podem estar com a reeleição garantida e outros nem tanto assim.
Com o atual desenho da movimentação política, focado na Câmara Federal, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) enxerga a disputa como o único caminho para retornar ao poder político.
Ele vai disputar uma das vagas de deputado federal, no palanque de Ciro Gomes (PDT), candidato a presidente da República.
De acordo com algumas análises, feitas por apoiadores do ex-governador, a vitória do socialista já é dada como certa, o que revela, também, que um dos oito atuais deputados já estaria com os pés fora da corrida.
Rollemberg mandaria o Professor Israel (PV) de volta às salas de aulas.
Há quem diga que alguém vai “dançar” na disputa fratricida entre o deputado Luís Miranda (DEM) que deseja se manter e o ex-deputado federal Alberto Fraga(DEM), que deseja conquistar a sua vaga de volta.
Fraga ainda é o presidente do Democratas, partido que dificilmente fará dois federais nas eleições do próximo ano.
Para conseguir tal êxito, o DEM teria que sacar das urnas ao menos 200 mil votos, o que seria uma façanha difícil para um partido sem um candidato a governador.
Por conta de tal cenário no DEM, o deputado Luís Miranda estaria conversando com seu colega de parlamento, Júlio César, presidente do Republicano, sabendo de antemão que terá que se “converter na fé” de que lá terá mais chance que no DEM.
Não há dúvidas de que a candidatura de Lula, que vai brigar para voltar ao poder, possibilita à deputada Erica Kokay (PT) uma fácil reeleição ao pegar a carona do palanque do ex-presidente no Distrito Federal.
No contraponto, a deputada Celina Leão, presidente do PP, torce para que o presidente Bolsonaro se filie ao Progressista.
Na visão da “leoa” seria um grande palanque que ajudaria turbinar mais ainda a sua reeleição. Neste caso, o que faria Bia Kicis?
A deputada Paula Belmonte, que está com um pé fora do Cidadania, procura por um partido para chamar de seu, já que o marido dela, o advogado Felipe Belmont, não conseguiu emplacar o Aliança pelo Brasil.
Mas, o grande coringa desse jogo de baralhos é a ministra deputada Flávia Arruda (PL), que pode tentar o Senado ou ser vice de Ibaneis Rocha, conforme já anunciado pelos dois na tarde de segunda-feira passada (17).
Na batalha de 2022 quem pode surpreender?
A pergunta feita pelo RadarDF a alguns analistas de plantão, indicam que o Joaquim Roriz Neto, assediado por vários partidos pode se eleger.
Alguns políticos de mandato o querem, por acreditarem que o neto do ex-governador Joaquim Roriz não consiga na próxima eleição votos suficientes para meter medo a quem quer que seja. Na eleição de 2018 o rapaz teve 31.455 votos validos para deputada federal.
Eliana Pedrosa (Podemos) e Rogério Rosso ( PSD), ambos derrotados na corrida pelo Buriti, no primeiro turno das eleições de 2018, podem surpreender à cena política na disputa das cadeiras da Câmara Federal.
O ex-distrital Alírio Neto também está focado na mesma corrida.
O ex-vice-governador Tadeu Filippelli, presidente de honra do MDB local, mobiliza seus apoiadores com o olhar voltado para a Câmara.
Laerte Bessa (PL), que assumiu temporariamente a vaga da deputada ministra Flávia Arruda, também está a todo vapor para continuar deputado na próxima legislatura.
O advogado e professor Paulo Fernando, que aumenta a sua votação a cada eleição, conta com o apoio direto do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.
Ele é único candidato do partido, até agora, com chances reais de se eleger.
Contrário ao aborto e a descriminalização das drogas, Paulo Fernando, ligado ao segmento católico, que tem como bandeira a defesa da família, obteve 31.183 votos para deputado federal nas eleições passadas.
O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente(MDB), é um nome forte que entrará na disputa. Tem força eleitoral para ganhar assento na Câmara Federal.
Entraria ainda nesse mesmo jogo, o vice-governador Paco Brito (Avante).
No entanto, Brito ainda mantêm a esperança de continuar como vice na próxima chapa majoritária pilotada pelo governador Ibaneis, disputada a tapas por um monte de gente.
Como se observa, o movimento político do DF, focado em 2022, se desenha com fortes evidências de que o jogo será bruto.
RadarDF