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Desgaste de Damares e Bolsonaro, entre evangélicos, favorece esquerda no DF

A cizânia “plantada” pelo Republicanos, entre as ex-ministras, Damares Alves e Flávia Arruda começa a produzir desconforto ao projeto de reeleição do presidente da República no DF. Partidos de esquerda lucram e festejam a briga que causam desgaste aos bolsonaristas no meio evangélico

Parte das igrejas evangélicas do Distrito Federal, não concorda com a imposição perigosa que vem sendo feito pelo Republicanos, partido da Igreja Universal do Reino de Deus, em relação ao nome de Damares Alves, a uma candidatura ao Senado.

A imposição por meio de “plantação de notinhas”, em veículos de comunicação do DF, abre um confronto direto com a pré-candidatura de Flávia Arruda(PL), que concorrerá ao Senado, pela chapa majoritária do governador Ibaneis Rocha, pré-candidato a reeleição.

Damares é estreitante na política como candidata, caindo de paraquedas no DF.

Em fevereiro, a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançou a ideia de se candidatar a uma vaga ao Senado pelo Amapá.

Evangélica, ela era cotada para disputar o pleito em quatro estados, inclusive em São Paulo, mas disse que o Amapá era o seu preferido. Lá o nome dela foi preterido, em São Paulo, também.

Damares nunca fez nada pelo Amapá, como nunca fez por São Paulo e muito menos pelo DF.

No entendimento de vários líderes evangélicos, Damares e uma estranha no campo político brasiliense.

“Bolsonaro tem muito mais ganhar no Distrito Federal com Flávia Arruda, que é do seu partido, o PL, do que com Damares Alves”, disse uma liderança evangélica, ligada ao Republicanos.

O ex-secretário de Ciência e Tecnologia Gilvan Máximo, pré-candidato a deputado federal, e um dos fundadores do Republicanos do Distrito Federal, já chegou a afirmar ao Radar Político que desistirá da eleição, caso o partido insista com a pré-candidatura de Damares Alves.

O deputado distrital e vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso, disse que apesar de ser do Republicanos, mas seguirá e apoiará, fielmente, qualquer decisão do governador Ibaneis Rocha.

A divisão entre os evangélicos é grande.

O Bispo Robson Rodovalho, líder fundador da Igreja Sara Nossa Terra, uma das principais congregações de sustentação ao braço político da Universal, já teria externado a sua posição contrária a estratégia perigosa do partido Republicanos no estilo “dividir para conquistar”.

Nessa mesma teoria segue grande parte das igrejas evangélicas que enxerga na imposição do presidente do Republicanos, Wanderley Tavares, como uma “chantagem” ao governador Ibaneis Rocha que já havia anunciado o nome de Flávia Arruda, como candidata ao Senado pela sua chapa, e deixa Bolsonaro em saia justa.

Tavares sabe que a escolha de nomes para preencher as vagas principais de uma chapa majoritária, é prerrogativa de quem a lidera, no caso, Ibaneis Rocha.

Os partidos de esquerda como o PT, PV, Psol e PSB, festejaram o “racha” entre às duas ex-ministras bolsonaristas, provocado pelo Republicanos.

Um dos mais entusiastas pela briga entre às duas ex-ministras é o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que já pensa em trocar o seu projeto pela disputa de uma vaga na Câmara federal, pela disputa ao Senado.

Em meio a disputa, entre Flávia e Damares, quem sai perdendo, politicamente, é o próprio Bolsonaro e menos Ibaneis Rocha que continua liderando todas as pesquisas realizadas até agora.

Ontem (05), o casal Arruda esteve com Ibaneis Rocha para garantir que não haverá nenhuma mudança na chapa montada e que Flávia Arruda segue como pré-candidata ao Senado.

Para demonstrar o que diz, a ex-ministra e deputada federal participará de eventos ao lado do governador.

Fonte: RadarDF

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