Desafios da gestão pública

Esplanada dos Ministérios.Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A realidade social complexa chegou à exaustão e urge a necessidade da gestão pública nos quatro entes federados, União, Estados, Municípios e Distrito Federal; bem como os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário; enfrentar e quebrar paradigmas para promover transformações no modo de governar.

Cidadãos conscientes

Os cidadãos cada vez mais conscientes de sua corresponsabilidade na gestão de sua cidade, seu estado e seu país, vem exigindo mecanismos de transparência e eficiência nos serviços públicos.

Modelo desatualizado

No entanto, restrito por uma legislação que, muitas vezes, não está focada na promoção de mudanças que gerem, de fato, um grande impacto na gestão, o poder público permanece, de maneira geral, reproduzindo um modelo desatualizado de administração.

Saneamento básico

O fato é que, mesmo que gestores públicos tenham consciência desse novo cenário que se impõe, eles ainda lidam com desafios substanciais para se adequar a ele. Por exemplo, o Governo Federal possui 09 órgãos que fazem alguma coisa de saneamento básico e ninguém é responsável por nada. O que se vê? Atraso no cumprimento de metas, obras inacabadas, processos travados e etc.

Apadrinhados políticos

O Governo ao invés de extinguir autarquias ultrapassadas e obsoletas, prefere manter para poder abrigar apadrinhados políticos.  Enquanto não se promove mudanças estruturais necessárias para garantir à população acesso aos serviços públicos com eficiência e transparência; o Brasil ficará no atraso econômico e social.

O povo não é representado por um governo que fala muito, promete muito e nada faz de interesse de seu povo, senão a favor de seus compatriotas políticos.

Ranking do saneamento básico

O Ranking do saneamento básico divulgado pelo Instituto Trata Brasil, este ano, mostra que o Brasil está longe de cumprir os compromissos nacionais e internacionais em água tratada, coleta e tratamento de esgoto.

Acesso ao abastecimento

Atualmente no país, usando o SNIS ano base 2018, ainda 16,38% da população brasileira não tem acesso ao abastecimento de água, o que representa quase 35 milhões de pessoas – 3x a população de Portugal; 46,85% não dispõem da cobertura da coleta de esgoto, chegando a mais de 100 milhões de pessoas sem esses serviços básicos – mais de 2x a população da Argentina. Além de tudo isso, o volume de esgoto no Brasil ainda é abaixo do ideal, somente 46% do volume gerado de esgoto no país é tratado. Enquanto isso, o Governo Federal mantém nove órgãos que se atrapalham fazendo alguma coisa de saneamento básico, e ninguém é responsável por nada.

Edgar Lisboa/ Agência Digital News

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