Quem coleta as assinaturas é o deputado Alfredo Gaspar (União-AL); o número já chega a 177, seis a mais do que o necessário
A Câmara dos Deputados alcançou o número de assinaturas necessárias para pedir a instalação a CPI do Crime Organizado, que surge após a revelação de reuniões de Luciane Barbosa, a “dama do tráfico” do Amazonas, com autoridades do governo Lula.
Quem coleta as assinaturas é o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). O número já chega a 177, seis a mais do que o necessário.
O pedido de instalação da CPI conta com endosso apenas de deputados alinhados à oposição e deve ser apresentado à Mesa Diretora.
Gaspar justificou a necessidade da comissão ao citar a existência de um “intrincado esquema de conexões com outros grupos criminosos e uma rede subterrânea de ligações com os quadros oficiais da vida social, econômica e política da comunidade”.
Como revelado pela imprensa em novembro, Luciane Barbosa, esposa de Tio Patinhas, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, teve encontros nos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, assim como no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
A “dama do tráfico” circulou livremente pelos corredores do Congresso.
Oficialmente, ela representava uma organização não-governamental (ONG) voltada aos direitos dos presidiários. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, a mesma ONG é usada para lavar dinheiro do tráfico.
O caso Luciane Barbosa não é citado no pedido de instalação da CPI.
Um outro incidente, que, sim, é mencionado no documento, foi o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e assassinar o senador Sérgio Moro (União-PR).
Na quinta-feira, 7, a Polícia Federal (PF) descobriu um novo plano do PCC que visava os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O Antagonista