Denúncia de corrupção derruba primeiro-ministro socialista de Portugal

Primeiro-ministro de Portugal, António Costa renuncia cargo após virar suspeito de corrupção. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

António Costa foi forçado a renunciar após a prisão do chefe de gabinete

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, apresentou a renúncia após vir à tona o escândalo que investiga suspeitas de corrupção ligadas à exploração dos minérios de lítio e hidrogênio verde.

António Costa anunciou a decisão em comunicado televisivo após comunicar a renúncia formalmente ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que convocou o Conselho de Estado para tratar da demissão.

Já no pronunciamento, Costa afirmou estar “totalmente disponível para cooperar” com a Justiça. O primeiro-ministro , que liderava um governo de maioria no Parlamento à frente do Partido Socialista, afirma que a consciência está tranquila, porém não se candidataria ao posto de primeiro-ministro novamente.

Além de Costa, o ministro João Galamba das Infraestruturas e o presidente da agência ambiental APA, Nuno Lacasta, foram apontados como suspeitos e devem responder nos tribunais. O Ministério Público permitiu busca e apreensão, nesta terça-feira (07), nas residências e no gabinete do primeiro-ministro e do gabinete do Ministério do Meio Ambiente e na casa do ministro João Galamba.

O Ministério Público confirmou por meio de nota que cinco pessoas foram detidas no âmbito da investigação. Uma delas seria Vitor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro. O consultor empresarial Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa, também teria sido preso.

Investigação

O Ministério Público de Portugal investiga um escândalo de corrupção e tráfico de exploração dos minérios de lítio no norte do país europeu é um projeto para a criação de uma central de hidrogênio no porto de Sines e o investimento em um data center na região.

A suspeita é de que tenham sido cometidos crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de políticos e tráfico de influência, afirmou o MP português em nota.

Durante as investigações, os agentes tomaram conhecimento de que os suspeitos usaram o nome e a autoridade de Costa para “desbloquear procedimentos” relacionados com os negócios. E acrescentaram que o Supremo Tribunal analisará o possível papel de Costa nos negócios.

Diário do Poder

Artigo anteriorIbaneis inaugura novo Restaurante Comunitário em Arniqueira
Próximo artigo‘Silêncio ensurdecedor’ sobre fumaça na Amazônia continua, apesar de alerta do DJ Alok