Ex-presidente insinuou no debate da Globo que o microempreendedorismo não seria emprego.
Às vésperas do segundo turno, a declaração do ex-presidente Lula (PT) no debate da TV Globo sobre a modalidade de Microempreendedor Individual (MEI) causou uma crise no QG petista nesta reta final de campanha.
Ao criticar as regras de cálculo do mercado de trabalho, Lula disse que o atual governo de Jair Bolsonaro (PL) “colocou o MEI como se fosse emprego”. O Brasil tem cerca de 14 milhões de microempreendedores individuais ativos.
Conforme apurou o Conexão Política, a fala foi considerada um tiro no pé, uma vez que pode arranhar a tentativa de aproximação de Lula com setores da economia. Uma ala minoritária de assessores, no entanto, avalia que o erro não deve prejudicá-lo, pelo fato fato de o segundo turno estar muito próximo.
Bolsonaro foi às redes sociais na manhã deste sábado (29) para dizer que, “diferentemente de Lula, temos orgulho dos quase 14 milhões de MEIs espalhados pelo Brasil”.
De acordo com o chefe do Executivo, esses profissionais “não são menos trabalhadores porque resolveram abrir o seu próprio negócio”. No texto, o mandatário conclui dizendo que “além de ralarem muito, os MEIS também geram centenas de milhares de empregos”.
Para tentar conter a crise, Lula recorreu ao Twitter e disse que “a mais nova mentira é que eu seria contra o MEI”. Segundo o petista, a lei do MEI foi sancionada em 2006, quando ele era presidente. “É hora de ajudar a combater as fakes, por um futuro de verdade para o Brasil”, escreveu.
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