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Declaração de Lula de “não concorrer à reeleição” é balela, diz a oposição

Tentando transferir a responsabilidade para Deus, em sua primeira reunião ministerial o Presidente Lula afirmou que a decisão de concorrer ou não à Presidência em 2026 dependerá da “vontade de Deus” e se ele “terá saúde” para fazer mais uma campanha, aos 80 anos.

Isso foi o suficiente para deixar a esquerda desnorteada. A situação ficou tensa nos bastidores, já que essa “possibilidade” não está fora de cogitação. Não porque Lula queira, pois quem o conhece sabe que sua ânsia por poder é algo intrínseco na sua personalidade. A questão é que até lá Lula estará com 80 anos e devido a seus problemas de saúde não terá pique para enfrentar mais uma campanha.

Para o PT a coisa pode se complicar se a intenção de Lula realmente for essa. Hoje o atual presidente é a maior liderança da esquerda no país e planos A, B e C para a continuidade no poder.

A verdade é que na esquerda não existe, hoje, ninguém com a capacidade de Lula. Nomes como Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSol) chegaram até a ser cogitados, mas os desgastes políticos tanto do ministro da Fazenda como do deputado federal são barreiras quase que intransponíveis para um salto dessa magnitude.

Nos bastidores e para alguns mais sensatos dentro da sigla, João Campos (PSB) e Gleisi Hoffmann tem impedimentos que não permitiriam uma ascensão. O primeiro, prefeito de Recife e promessa, não tem idade e a segunda, presidente do PT é vista como ideológica, impossibilitando qualquer possibilidade de alianças futuras.

A possível “Carta na Manga” que poderia ser utilizada em cima da hora, caso Lula arregue mesmo, o Prefeito do Rio de Janeiro e antigo aliado de Lula, Eduardo Paes (PSD) não deve trocar a disputa pelo Palácio Guanabara, na qual é favorito, para se arriscar numa eleição nacional.

Para a oposição essa declaração de Lula não passa de mais uma narrativa e balela pura. Estrategista e falador, talvez Lula queira ter dado uma “balançada” em sua turma. Despencando na popularidade, sem direção no governo e arrumando confusão com todo mundo, nada melhor do que mudar o foco.

Mas para uma ala da oposição, isso também pode ser considerado um cálculo duplo de Lula. Por um lado, ele pode criar um clamor popular em torno da sua candidatura, uma vez que é o nome mais forte da esquerda e de outro já criaria uma saída digna caso perceba que não terá chances de ganhar em 2026, seja por idade ou por questões de saúde.

Verdade ou não, o anúncio mexeu com o PT e o clima não anda lá dos melhores nos bastidores.

Para muitos correligionários, “a esquerda sem Lula é um cego sem bengala…”

Da redação

Por Jorge Poliglota…

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