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Datafolha derruba esperança de reeleição de Lula

A margem de segurança para uma reeleição gira em torno de 45% de avaliações positivas. Lula está com 24%

Pesquisa Datafolha publicada nesta sexta, 14, mostra que a aprovação do presidente Lula desabou de 35% para 24% em apenas dois meses.

Motivos para tanto não faltam: a cobrança da taxa de blusinhas, a tentativa de monitorar o Pix para colocar mais brasileiros na mira da Receita Federal e os comentários infelizes sobre a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

A queda na aprovação para 24% não é uma notícia qualquer.

Se Lula não conseguir recuperar esse índice, suas chances de se reeleger em 2026 são nulas.

Conforme já escreveu o cientista político Leonardo Barreto em Crusoé, considera-se na Ciência Política que a margem de segurança para uma reeleição gira em torno de 45% de avaliações positivas.

“O ex-presidente Jair Bolsonaro tinha 39% em 2022, e todo mundo sabe o que aconteceu”, escreveu Barreto no final de janeiro.

Perspectiva

O que deve preocupar Lula e o PT é que o presidente não tem mais o que tirar da cartola para melhorar sua aprovação.

Lula tem falado em ampliar o crédito, mas isso só esquentaria ainda mais a inflação, elevando ainda mais a reprovação de seu governo.

Além do mais, o governo acabou de mudar seu marqueteiro.

O deputado Paulo Pimenta deixou a Secretaria de Comunicação da Presidência, Secom, dizendo que não foi eficiente em mostrar as conquistas de Lula para a população.

Mas ninguém sabe que conquistas foram essas.

Bem-vindo, Sidônio

Quem tomou o seu lugar foi o marqueteiro Sidônio Palmeira.

Sidônio botou Lula para viajar o país e para falar com jornalistas, principalmente de rádios locais.

Mas, quando abre a boca de improviso, o presidente Lula não se ajuda.

Em vez de combater a inflação dos alimentos, o presidente sugeriu que o povo pare de comprar aqueles que estão muito caros.

“Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, disse Lula.

O brasileiro, contudo, sabe que isso não resolve em nada a sua situação.

Lula perdeu a oportunidade de cortar gastos e realizar as reformas rapidamente, logo no início do seu mandato, para dar tempo de colher os frutos em menos de quatro anos.

Agora, com inflação e juros altos, vai ser difícil ele conseguir ter a colheita que tanto prometeu.

Duda Teixeira

Gazeta do Povo

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